No G-20, Brasil defende a maior oferta de alimentos

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Um dia antes de o G-20 pôr na mesa o debate sobre a volatilidade das commodities agrícolas, o Banco Mundial (Bird) anunciou, ontem, a disponibilização US$ 4 bilhões para produtores e consumidores de países em desenvolvimento poderem se proteger de grandes oscilações nos preços dos alimentos. O objetivo, segundo o Bird, é permitir que produtores, cooperativas e bancos se protejam da exposição a risco nos mercados agrícolas.

 

A reunião do G-20, que começa hoje e vai até amanhã, em Paris, promete um embate entre os países que querem manter o mistério sobre sua produção de alimentos, como a China e a Rússia, e aqueles que, como o Brasil e a Índia, defendem maior transparência dos dados sobre a produção e os estoques das commodities agrícolas. Durante o encontro, o Brasil defenderá três pontos que considera fundamentais para estabilizar e sustentar a oferta mundial de alimentos.

 

Entre eles está a regulamentação dos mercados futuros para evitar a manipulação dos agentes financeiros, a formação de estoques humanitários de alimentos e a maior transparência na divulgação de dados referentes à oferta e à demanda interna dos países. Na opinião da comitiva brasileira, entre os pontos que não devem ser aprovados está o fim dos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos, que inibe a livre concorrência.

 

Presente na reunião, o ministro brasileiro da Agricultura, Wagner Rossi, comentou ao DCI que o documento que será debatido pelo G-20 não diz nada sobre o controle de preços dos alimentos, mas a regulamentação dos mercados futuros. "Alguma forma de regulação desse mercado pode ser estudada. Mas isso o Brasil já faz, e os Estados Unidos também. Aqui, na Europa, é que existe uma certa benevolência para com a atuação de especuladores" afirmou.

 


Veículo: DCI


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