Em apenas uma semana o preço da cesta básica no Grande ABC saltou R$ 14,15, sendo vendida a R$ 355,65. Produtos que estavam mais baratos, como arroz, feijão, laranja, tomate e batata encareceram quase 40% em apenas sete dias. Desta vez, o grupo hortifrúti foi o responsável pela pressão nos preços.
Pesquisa da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André mostra que a laranja subiu em média 39,80%, com o consumidor pagando pelo quilo R$ 1,37. Ainda na seção de frutas, legumes e verduras, a cebola ficou 23,78% mais cara, sendo comercializada por R$ 1,77.
Nesta semana, vale a pena pesquisar quanto os estabelecimentos estão cobrando pelo quilo da batata, pois o tubérculo é o item da cesta básica com maior variação nos valores,de 127,27%. Isso porque em São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires o quilo é vendido por R$ 0,99. Já nos estabelecimentos de Santo André, custa R$ 1,99.
Depois de recuar, o tomate voltou a pesar no bolso do consumidor ao ficar 15,38% mais caro, custando em média R$ 2,85. O supervisor do distribuidor de hortifrútis Grupo Benassi Wagner Garcia explica que essa não é a melhor época para cultivar a fruta porque, com pouco sol, o tomate não cresce. "Assim o produto tende a ficar mais caro, porque a oferta diminui no mercado."
TENDÊNCIA - A falta de gado para abate em alguns frigoríficos tem provocado oscilações constantes nos cortes das carnes bovinas de primeira (coxão mole) e de segunda (acém). Diante desse cenário, as supermercadistas tiveram que negociar volumes maiores do produto para ter poder de barganha com os fornecedores. A pesquisa da Craisa verificou que o preço do coxão mole subiu 9,17%, com valor médio de R$ 15,24 e do acém subiu 3,49%, sendo vendido por R$ 10,39.
No caso do arroz, as compras e os leilões de milhares de toneladas de grãos realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento durante as últimas semanas têm o objetivo de elevar o preço do cereal pago aos produtores, que está desvalorizado neste ano. Nos estabelecimentos da região, o alimento aumentou 2,49%.
O feijão também segue o mesmo caminho ao subir 5,24% em sete dias. O pacote com um quilo custa R$ 2,41. A diferença entre o preço mais barato e o mais caro chega a 51%, com o mais em conta sendo vendido a R$ 1,98.
Veículo: Diário do Grande ABC