Com crise, vendas do Brasil para Europa perdem fôlego

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Já exportações para os EUA ficou acima da média registrada nos 9 primeiros meses


O agravamento da crise econômica na Europa começa a ser notado nas exportações brasileiras.
Números divulgados ontem pelo governo mostram que as vendas para países como Espanha, Itália e França cresceram em outubro menos do que a média dos primeiros nove meses do ano.

Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio apontam que no mês passado se exportou, em média, US$ 229 milhões por dia para a União Europeia, um valor 13,2% maior do que no mesmo período de 2010.

De janeiro a setembro, no entanto, a média mensal era de crescimento de 29% na comparação com os nove primeiros meses de 2010.
O efeito dessa desaceleração vem sendo atenuado pelo aumento das exportações de produtos como café, petróleo e minério de ferro, que têm destaque na pauta importadora de europeus.

O crescimento das vendas para os EUA foi de 39,3% em outubro, acima da média de 31,8% registrada nos nove primeiros meses do ano.
Como as exportações continuam a ocorrer, graças a essa mudança de destino, as vendas externas do Brasil no mês passado mantiveram o fôlego: US$ 22,1 bilhões exportados, 20,5% a mais do que em outubro de 2010 e recorde histórico para o mês.

As importações, estimuladas pelas compra de combustível, também continuam aquecidas e somaram US$ 19,8 bilhões em outubro, crescimento de 19,5% em relação ao mesmo mês de 2010.

Com isso, a diferença entre vendas externas e compras de outros países (saldo comercial) foi positiva em US$ 2,4 bilhões, a maior para meses de outubro desde 2007.
"Esse cenário reflete o aumento nos preços das commodities", disse Ivan Ramalho, presidente da Abece (Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior).


Veículo: Folha de S.Paulo


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