PIB zero é passado: vendas no varejo vão crescer 5% em 2012

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Para o último mês de 2011, Fecomercio projeta crescimento de 6% nas vendas, com faturamento de R$ 122 bi


O desaquecimento da economia doméstica ficou para trás e ao menos pelo lado do consumo a atividade deve ser forte neste final de ano, anunciando um desempenho positivo para o comércio em 2012, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

“Os números do PIB divulgados anteontem mostram a realidade até setembro, mas estão levando a conclusões precipitadas”, disse ontem o diretorexecutivo da entidade, Antonio Carlos Borges. Segundo a Fecomercio, as vendas neste mês no país devem somar R$ 122,4 bilhões, aumento real (acima da inflação) de 6% sobre dezembro de 2010, já incluindo os efeitos das medidas anunciadas pelo governo para incentivar o consumo.

Com base num cenário de contínua expansão da renda das famílias e manutenção dos níveis de desemprego, aumento do salário mínimo e efeitos do recente ciclo de queda da Selic, a Fecomercio prevê que as vendas no comercio varejista no Brasil crescerão 5% em 2012, já descontada a inflação — e com isso somarão R$ 1,27 trilhão.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (6) que a economia brasileira estagnou do segundo para o terceiro trimestre de 2011. Para Borges, esses números refletiram a combinação de alta dos juros no começo do ano e medidas macroprudenciais para arrefecer a expansão do crédito no fim de 2010, ambas iniciativas consideradas desnecessárias pela Fecomercio.

“Agora temos um cenário oposto, com queda dos juros, que deve ter efeito mais à frente”, disse. “A diferença é que o ano que vem deve começar devagar e acelerar no segundo semestre”, ponderou.

Segundo ele, os eventuais desdobramentos da crise europeia sobre a economia doméstica devem ser moderados, atingindo o Brasil pelas exportações.

São Paulo

Para a Fecomercio, em São Paulo um elemento que contribui para o cenário positivo no próximo ano é a queda na inadimplência. A pesquisa da entidade apontou que em novembro o número de famílias com contas atrasadas foi de8%, o menor nível desde fevereiro de 2004. Mas no mês passado, o Banco Central informou que a inadimplência do sistema financeiro subiu para 5,5% em outubro — maior nível em quase dois anos. 



Veículo: Brasil Econômico


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