O ano de 2009 deve acirrar a competição entre as gigantes do varejo brasileiro, que prometem superar a marca de R$ 4 bilhões em investimentos. Apesar de os recursos de 2008 não poderem ser chamados de modestos, por somarem R$ 2,9 bilhões, as redes prometem surpresas para o próximo ano.
O Wal-Mart guardou a notícia para um momento histórico, o encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, realizado ontem em audiência pública em Brasília. Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil, juntamente com o presidente para as Américas, Craig Herkert, e o vice presidente do Wal-Mart internacional, Michael Duke, divulgou que a empresa vai investir entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão na abertura de 80 ou 90 novas lojas. Trata-se do maior aporte realizado pela rede norte-americana no País desde que a rede iniciou sua operação há 14 anos. Neste ano, Wal-Mart está investindo R$ 1,2 bilhão na abertura de 36 lojas, reforma de 118 e abertura de um centro de distribuição.
Segundo Núñez, o encontro foi muito produtivo. "Tivemos a oportunidade de contar nossa história e mostrar como os projetos de desenvolvimentos do Wal-Mart estão em linha com os do governo federal, como o PAC (Plano de Aceleração do Desenvolvimento)", afirma, referindo-se aos projetos de expansão regional da empresa.
Nos últimos quatro anos, o Wal-Mart fez aportes de mais de R$ 3 bilhões no País. Neste ano, só a abertura de novas lojas vai gerar mais de sete mil empregos diretos. A meta para 2009, é a criação de mais nove mil empregos.
O ano de 2009 também promete ser de expansão para o Grupo Pão de Açúcar. O diretor presidente da empresa, Cláudio Galeazzi, afirmou em teleconferência que 2008 é o ano de racionalizar os investimentos e "criar condições para uma expansão mais agressiva no ano que vem". Dos recursos previstos para o ano, cerca de R$ 733 milhões, um terço está concentrado na aquisição de novos terrenos. O restante será voltado para a abertura de 91 pontos-de-venda, sendo dois hipermercados e cinco supermercados, 14 lojas Assai e 10 postos de combustível. O foco dos recursos, porém, é a abertura de 60 lojas de conveniência ExtraFácil. Os recursos para 2008, são modestos comparados à média histórica da rede de mais de R$ 1 bilhão por ano. Nos últimos quatro anos, o Pão de Açúcar investiu R$ 3,2 milhões com a abertura de 74 lojas.
O Carrefour promete recursos de R$ 3 bilhões até 2010, mantendo a média histórica da empresa de investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão ao ano. Neste ano, o foco da empresa também é a aquisição da terrenos, além da abertura de 18 lojas. A partir do próximo ano, a meta é abrir 20 lojas por ano, sendo 10 da bandeira Atacadão.
Veículo: Gazeta Mercantil