Salário mínimo deveria ser de R$ 2.398,82

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O salário mínimo do trabalhador do país deveria ter sido de R$ 2.398,82 em janeiro para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil.

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 285,54, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,86 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.

O valor é maior do que o apurado para dezembro, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.329,35, ou 4,27 vezes o piso então vigente, que era de R$ 545. Em janeiro de 2011, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.194,76, a partir do mínimo então em vigor, de R$ 540.

Com o aumento de 14,13% no valor do salário mínimo a partir de janeiro, o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, no mês passado, o conjunto de bens essenciais diminuiu em 10 horas na comparação com o mês anterior. Em janeiro, foram necessárias 87 horas e 6 minutos, enquanto em dezembro o tempo médio era de 97 horas e 22 minutos. Em janeiro de 2011, quando o salário mínimo correspondia a R$ 540, a aquisição da cesta comprometia, em média, 95 horas e 3 minutos de trabalho. (AE)



Veículo: Diário do Comércio - MG


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