Destaque foi a redução de 0,98% para o item saúde e cuidados pessoais e de 0,46% em vestuário.
No mês de abril, a inflação em Belo Horizonte ficou em 0,34%, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), chegando, no acumulado do ano, a 3,18%. Ao se levar em conta o resultado dos últimos 12 meses, o que se constata é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em fevereiro estava em 6,77% e em março em 6,43%, caiu em abril para 5,90%. Em relação ao mês de março, quando o IPCA foi de 0,30%, foi verificada ligeira elevação.
Segundo Wanderley Ramalho, coordenador de Pesquisas e Desenvolvimento do Ipead, o resultado aponta para uma "inflação sob controle" na Capital de Minas, voltando ao seu leito normal ao longo de 2012. Em abril, o IPCA em Belo Horizonte foi pressionado sobretudo pelo aumento de de 2,17% nos preços dos produtos do item bebidas em bares e restaurantes e de 1,20% para alimentos elaboração primária. Por outro lado, o destaque foi a redução de 0,98% para o item saúde e cuidados pessoais e de 0,46% em vestuário e complementos.
Os produtos que mais subiram de preço e colaboraram para elevar a inflação foram: cigarro (aumento de 15,45%), despesas com energia elétrica (2,91%), feijão carioquinha (12,12%), condomínio (1,55%) e gás de bujão (3,44%). Já as maiores influências para a redução do índice ficaram com o Plano de saúde individual (-1,89%), perfume (-12,22), excursões (-17,26%), passagem aérea (-2,26%) e tomate (16,67%)
Juros - As medidas tomadas pelo governo federal para forçar a queda nas taxas de juros ainda não tiveram reflexos na economia real, o que deve começar a ser sentido a partir de maio, segundo prevê Ramalho. Os juros do cartão de crédito, por exemplo, não sofreram variação em abril, permanecendo em 12,81% em média, os mesmos percentuais verificados desde setembro de 2011.
Já o ágio do cartão de crédito teve queda de 4,47%, mas continua ainda muito alto, em média em 8,33%, com variações de 4,75% a 9,76%, dependendo da instituição. Em março, os juros médios do cheque especial foram de 8,72%, em fevereiro de 8,70% e, em janeiro, de 8,47%.
Ramalho defende as medidas do governo e acredita que um de seus grandes méritos é ter suscitado o debate sobre os juros absurdos praticados no país. "Esta discussão é muito importante, tira o consumidor da inércia", afirma.
Para quem ainda não conseguiu renegociar dívidas ou conquistar juros mais razoáveis, ele recomenda persistência. "No início é difícil renegociar, mas quem está devendo cheque especial ou cartão de crédito deve persistir para reduzir as taxas ou mudar o perfil da dívida", aconselha.
Os juros dos imóveis na planta continuam com grande oscilação. Eles subiram 153,70% em fevereiro para as pessoas físicas, em março caíram 73,72% e, em abril, voltaram a ter alta de 44,44% variando de 0,18% a 1,61%, com média de 0,52%. Subiram também os juros de imóveis usados, neste caso 10,20%, depois de uma queda de 19,01% em março.
Veículo: Diário do Comércio - MG