Preços em São Paulo registram desaceleração no início do mês

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou 0,28% na primeira quadrissemana de junho. O número representa uma desaceleração em relação ao fechamento de maio, quando apresentou 0,35%. O resultado foi apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e divulgado ontem.

 

Na comparação com a primeira quadrissemana de maio, o IPC teve forte desaceleração, pois o índice apresentou inflação de 0,55% naquela prévia. O grupo Habitação seguiu a tendência de ligeira alta, saindo de 0,09% no encerramento de maio para 0,13% na primeira prévia de junho. O grupo Alimentação também seguiu a tendência de aceleração: passou de 0,74% em maio para uma inflação de 0,95% no atual levantamento - foi novamente o item que, na variação ponderada, mais contribuiu para o IPC no período, conforme previsão dos analistas.

 

Já Transportes continuou em queda, com a pressão de baixa exercida pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os veículos. Saiu de uma deflação de 0,01% no final do mês passado para uma deflação de 0,19% no início de junho - foi o item que, na variação ponderada, menos contribuiu para a inflação. O setor de Despesas Pessoais apresentou forte desaceleração e menor pressão sobre o índice, conforme esperado pelos economistas, após o reajuste nos preços dos cigarros que influenciou o IPC em abril e maio. Depois de fechar o mês de maio com inflação de 0,81%, recuou para 0,23% na primeira prévia de junho.

 

O índice Saúde apresentou 0,76% no fechamento de maio, ainda por causa do aumento nos preços dos medicamentos que teve impacto nos últimos meses, e agora baixou para 0,56%. O segmento Vestuário seguiu em queda. Após encerrar maio com uma deflação de 0,12%, teve uma deflação de 0,41% na primeira pesquisa de junho.

 

Por fim, o segmento Educação teve ligeira alta, mas continuou com pequena influência na inflação. Depois de terminar o mês de maio com 0,05%, subiu para 0,08% nesta primeira parcial de junho.

 

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, disse estar propenso a revisar sua estimativa para o fechamento de 2012, que atualmente está entre 5% e 5,5%, mas "mais perto de 5%". "Estou quase revisando para abaixo de 5%" completou.

 

De acordo com Costa Lima, algumas incertezas presentes no cenário ainda recomendam cautela para uma revisão imediata da previsão. "O PIB [Produto Interno Bruto] do segundo trimestre vai sinalizar melhor o cenário. A incerteza é se o padrão sazonal vai prevalecer quando chegar setembro, outubro", comentou, lembrando que no início deste ano, por exemplo, a inflação destoou do que tradicionalmente ocorre entre janeiro e fevereiro.

 

Veículo: DCI


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