Faturamento do setor de atacado é maior em MG

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Aumento no 1º semestre foi de 4%.

O setor atacadista mineiro vive um momento melhor do que o apurado no país. O crescimento do faturamento no Estado foi de 4% no primeiro semestre do ano, sobre o mesmo período do ano passado, enquanto no Brasil ficou em 3,4%, segundo dados preliminares. E o resultado poderia ser ainda melhor, caso não tivessem ocorrido as manifestações durante a Copa das Confederações e a paralisação dos caminhoneiros autônomos, que impediram a entrega de cerca de 50% das encomendas no período.

Segundo o presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores do Estado de Minas Gerais (Ademig), Virgílio Villefort, se fosse levada em consideração apenas a demanda e a capacidade de entrega do segmento, haveria ocorrido um crescimento de, pelo menos, 5% nos primeiros seis meses deste ano. "As manifestações afetaram muito o setor, principalmente quando houve um bloqueio da BR-040, que é nosso principal meio de escoar as mercadorias.  lá que estão vários depósitos de atacadistas e centro de distribuição de supermercados, que ficaram com os produtos presos", afirma.

No país, o resultado ficou bem dentro do que já era esperado. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), José do Egito Frota Lopes Filho, os bons resultados, mesmo em um ano em que a economia nacional não está tão aquecida, são fruto da permanência da demanda. "O consumidor ainda não reduziu as compras. E, como trabalhamos muito com produtos essenciais, as dificuldades econômicas nem sempre servem como um termômetro exato para nossos resultados", afirma.

Um dos indicadores que balizam o crescimento nacional, segundo Lopes Filho, são os referentes às vendas reais do setor supermercadista, que subiram 2,99% no primeiro semestre, o que demonstra um bom momento para os atacadistas que distribuem para o varejo.

Assim como na primeira metade do ano, as expectativas são de que no fechamento de 2013 seja mantido o melhor desempenho mineiro em relação ao país. Enquanto espera-se uma alta de 5% no faturamento das distribuidoras espalhadas por todo o Brasil no fechamento do ano, em Minas Gerais as estimativas são mais audaciosas. Espera-se alcançar algo em torno de 8% a 9%.


Posição estratégica - Para Villefort, o melhor resultado do Estado pode ser explicado por alguns fatores. O primeiro deles seria a menor entrada de produtos de outros estados, percebida pelo setor neste ano. Além disso, o posicionamento geográfico do Estado permite que os atacadistas locais entreguem seus produtos em diferentes regiões, o que abre o leque de clientes e, conseqüentemente, o faturamento.

Algumas empresas mineiras já estão com uma alta no faturamento maior do que a média apurada para o Estado. Uma delas é a própria Villefort, empresa em que o presidente da Ademig é proprietário. Segundo ele, o grupo fechou o primeiro semestre com crescimento de 18% e a expectativa para o fechamento do ano é a manter a elevação em dois dígitos.

A Empresa Brasileira Distribuidora Ltda (Embrasil) também está em um bom momento. Segundo o diretor-presidente da empresa, Ronaldo Saraiva, no primeiro semestre já houve uma alta de 10% no faturamento. A expectativa é a de fechar o ano ainda dentro dessa margem de crescimento. "Nós nos preparamos para crescer e buscamos ser mais competitivos e eficientes para alcançar bons resultados", justifica.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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