Comércio varejista registrou leve reação

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Depois do tombo nas vendas a prazo registrado no varejo em junho e julho por causa das manifestações, o comércio varejista da capital paulista reagiu moderadamente em agosto, reforçando as indicações de que o modelo de crescimento com base no consumo não deve dar grande impulso à economia neste ano.

No mês passado, as consultas para vendas a prazo cresceram 3,3% na comparação anual. Nas vendas à vista, a alta foi de 1,7%, segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base em uma amostra de dados de clientes da Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Na comparação com julho, por exemplo, as consultas para venda a prazo aumentaram 4,5%, bem acima da variação considerada normal para o período, que é uma taxa de 2,5%. Apesar da reação do varejo no mês passado, a taxa de crescimento acumulada no ano até agosto é pífia: foi de 0,9% na venda a prazo e de 0,4% na venda à vista em relação a igual período de 2012.

Na avaliação do economista da ACSP Emílio Alfieri, as manifestações prejudicaram as vendas acumuladas no ano. Além desse fator, inflação pressionada, juros em alta e crédito ao consumidor em desaceleração contribuíram para a reação moderada do consumo.


Inadimplência -
O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) da ACSP teve alta de 13,8% em agosto ante julho e de 0,4% na comparação com agosto de 2012. A ACSP avalia que a alta mensal é sazonal. "Esse aumento se deve ao endividamento após as vendas de maio para o Dia das Mães, a segunda data mais importante do varejo", disse.

O Índice de Recuperação de Crédito (IRC) também registrou alta, 16,8% em agosto ante julho e 2,5% na comparação com agosto de 2012. "Esses números mostram que a inadimplência está estabilizada, com pequena propensão a baixa, e deve continuar assim até o final do ano", diz a ACSP.

"Em síntese, após os meses de junho e julho, as vendas voltaram ao normal, mas devem permanecer moderadas até o fim do ano. Já a inadimplência, no acumulado de 2013, deverá ficar abaixo do que o acumulado de 2012", concluiu a entidade.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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