Oferta de animais continua apresentando restrição no mercado brasileiro, o que que vem forçando alta das cotações.
A oferta de boi gordo segue apresentando restrição no mercado brasileiro. Essa situação resultou em considerável alta dos preços nos últimos dias. Os frigoríficos não têm conseguido compor as escalas de abate de maneira adequada, reduzindo os estoques de carne no atacado.
Nem mesmo os frigoríficos de maior porte conseguem comprar boi gordo de maneira satisfatória. Os confinamentos próprios e os contratos a termo vêm se mostrando insuficientes para atender a demanda dos frigoríficos. A situação dos estabelecimentos de menor porte é ainda mais complicada, com escalas de abate entre dois e três dias úteis, situação que resulta em sucessiva alta dos preços de balcão.
A boa demanda por exportação é uma das grandes justificativas para este quadro apresentado. O desempenho dos embarques de carne bovina segue excelente, o que faz com que a disponibilidade interna seja cada vez menor. Aumentando a possibilidade de intensificação do movimento de alta.
As exportações de carne bovina do Brasil já renderam US$ 136,4 milhões em setembro nos cinco primeiros dias úteis, com média diária de embarques de US$ 27,3 milhões. A média é 27% maior na comparação com os US$ 21,5 milhões obtidos diariamente em agosto, quando os embarques de carne bovina totalizaram US$ 472,7 milhões. Em setembro de 2012, as exportações totalizaram US$ 421,1 milhões, com embarques diários de US$ 22,2 milhões.
A quantidade de carne bovina exportada neste ano até o dia 6 foi de 30,9 mil toneladas, com média diária de 6,2 mil toneladas, o que indica um avanço de 24,5% frente à média de 5 mil toneladas registradas em agosto. O embarque total de carne bovina em agosto do ano passado foi de 109,3 mil toneladas.
A média semanal de preços (entre os dias 9 a 12), em São Paulo, foi de R$ 105,94. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 101,66. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 100,66. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 97,66. Em Mato Grosso, preço a R$ 91,38. A média semanal no atacado foi de R$ 5,43 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,40 nos cortes de traseiro.
veículo: Diário do Comércio - MG