A confiança do consumidor brasileiro em relação à economia caiu quatro pontos em setembro: ficou em 135 pontos, contra 139 em agosto e 137 em julho de 2013. É o que aponta o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (INC ACSP/Ipsos).
Há um ano, as expectativas sobre o futuro eram mais otimistas na ótica do consumidor: em setembro de 2012, o INC registrou 158 pontos. Na época, esperava-se por uma recuperação da economia, o que não se confirmou após o anúncio do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, com crescimento de apenas 0,9%.
"A confiança do consumidor permanece acima de 100 pontos, indicando otimismo. Mas ele está cauteloso porque a economia não teve uma recuperação mais consistente. Esse cenário exige atenção na condução da política econômica para não comprometer a retomada", diz Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Em 2013, com as manifestações populares que começaram em junho, o consumidor passou a ter consciência de que a situação econômica não era positiva, o que fez o INC cair. Em abril, o índice marcou 156 pontos; em maio, 153; em junho, despencou para 138 pontos. Em julho, ficou em 137 pontos. Em agosto, subiu dois pontos (139).
Essa queda se deve à recuperação lenta da economia, resultando em maior cautela por parte do consumidor brasileiro.
O INC é obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro. A margem de erro é três pontos. O índice varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. Entre 100 e 200, está a região do otimismo; abaixo, o cenário é de pessimismo.
Classes e regiões
Em setembro, a classe C continuava otimista, apesar do declínio: o INC foi de 144 pontos em agosto para 140 em setembro. Em seguida vem o grupo das classes D e E, com leve baixa (de 128 pontos em agosto para 126 em setembro). As classes A e B permanecem com 125 pontos.
O grupo das Regiões Norte e Centro-Oeste se mantém na liderança, mas houve declínio: de 190 pontos em agosto foi para 163 em setembro. O Sudeste teve queda de 139 pontos em agosto para 136 em setembro. Já no Nordeste o INC foi de 134 pontos em agosto para 131 em setembro. A Região Sul é a menos otimista, mas a única com alta: de 126 pontos em agosto foi para 130 em setembro.
Nas 70 cidades do interior do Brasil analisadas pela pesquisa, o INC ficou estável, com 136 pontos. Nas capitais, houve queda de 5 pontos: de 144 foi para 139. Nas regiões metropolitanas a queda foi de 10 pontos: de 135 pontos em agosto para 125 em setembro.
Veículo: DCI