A inflação  de outubro medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,11% após alta de 1,05% em setembro, informou, ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do intervalo das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa de 0,90% a 1,34%, e ligeiramente acima da mediana das estimativas, de 1,10%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10, o IPA-10 teve alta de 1,48% este mês, após subir 1,46% em setembro, o IPC-10 apresentou avanço de 0,33% em outubro, após elevação de 0,22% em setembro e o INCC-10 teve taxa positiva de 0,44% em outubro, em comparação com o aumento de 0,34% em setembro. Até este mês, o indicador acumula altas de 4,47% no ano e de 4,84% em 12 meses.

A aceleração no preço dos alimentos processados foi o principal impulso para a alta do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), calculado no âmbito do IGP-10. O subgrupo alimentos processados, que faz parte dos bens finais medidos pelo indicador, registrou avanço de 2,79% em outubro, ante 0,80% em setembro. Os bens finais tiveram variação de +0,70%, em outubro, ante -0,02% em setembro.

Já entre os bens intermediários, todos os subgrupos pesquisados contribuíram para a desaceleração registrada no mês (1,12%, ante 1,87% em setembro). A principal influência veio de materiais e componentes para a manufatura, com alta de 1,52%, contra 2,52% em setembro.

Entre as matérias-primas brutas, cuja taxa passou de 2,74% para 2,81%, contribuíram para a elevação do grupo os itens minério de ferro (1,96% para 5,99%), bovinos (-0,28% para 3,50%) e aves (6,45% para 8,72%). Na contramão, com taxas mais arrefecidas, destacaram-se os itens soja em grão (6,84% para 3,26%), laranja (22,92% para 7,36%) e café em grão (-2,73% para -8,27%).



Veículo: DCI