As perdas contabilizadas no varejo, por reduzirem a margem de lucro e, consequentemente, de compra e produção, influenciam diretamente no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), segundo especialistas da área de prevenção de perdas em empresas do varejo. Com menos faturamento, os gerentes investem menos nas compras, o que reflete na redução da produção e demais aspectos da economia brasileira.
Carlos Eduardo Santos, presidente do comitê de prevenção de perdas do Ibevar, diz que estamos em um cenário em que são necessárias maiores e melhores estratégias para reduzir perdas e otimizar ganhos. Santos conta que recentemente "várias empresas investiram muito em prevenção de perda; tiveram iniciativas de implementar programas que gerassem esse tipo de resultado".
O presidente aponta como crescente o número de empresas que criaram departamento de gestão de perdas. Entretanto, mais gerentes precisam investir na redução de seus prejuízos, que embora indesejados, acontecem em qualquer empresa. O segmento de supermercados foi o principal responsável pelo crescimento do varejo em 2013. O segmento se destacado porque o mix de produtos vendidos está cada vez mais diversificado, e abrange todas as áreas da produção comercial do País. Ainda assim, somente 28% das redes supermercadistas investem em planejamento para redução de perdas.
Carlos Eduardo Santos diz que embora não seja um aumento muito expressivo, de em média 0,20% ao ano, como aconteceu entre 2011 e 2012, o crescimento das perdas no varejo chama a atenção. Em comparação no Brasil, em 2011, o percentual de perda foi de 1,76% contra 1,75% em 2010. Já nos EUA o valor foi 1,41% contra 1,58%, respectivamente.
Veículo: DCI