O ritmo de elevação dos preços ao consumidor deve ser cortado pela metade em março, depois de repercutir altas tipicamente sazonais de início de ano. Duas fontes de pressão desta época (educação e empregados domésticos) já terão seus efeitos reduzidos no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
A incógnita, daqui para frente, fica com a situação das tarifas de ônibus urbano, da gasolina e da energia elétrica.
– No curto prazo, teremos desaceleração do IPC, por essas questões sazonais. Isso pode cortar a variação do IPC pelo menos pela metade em março. Mas sabemos que há uma dúvida em relação ao ônibus, à gasolina e à energia elétrica – explica o economista André Braz, do Ibre/FGV.
Em fevereiro, o IPC subiu 0,82% dentro do Índice Geral de Preços–10, depois de avançar 0,76% em janeiro.
Apesar da desaceleração aguardada para o IPC entre fevereiro e março, Braz alerta que a inflação oficial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve avançar neste mês.
– O IPCA vai acelerar em fevereiro porque é quando capta as mensalidades, na contramão do IPC, que capta esse evento em janeiro. Mas eles não indicam efeitos diferentes – diz o economista.
Veículo: Zero Hora - RS