Preços em São Paulo apuram alta de 0,76% na 3ª prévia de março

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou avanço de 0,76% na terceira quadrissemana de março. O número representa uma alta em relação à segunda leitura do mês, quando apresentou aumento de 0,68%. Na terceira medição de fevereiro, o índice havia marcado elevação de 0,58%, segundo apurou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

A alta nos preços acelerou em Alimentação, Despesas Pessoais, Saúde e Vestuário. O acréscimo nos preços na categoria Alimentação acelerou para 1,84% na terceira quadrissemana de março, de 1,41% na segunda semana de março, enquanto em Despesas Pessoais o índice passou para avanço de 0,58%, de uma inflação de 0,56% na leitura anterior.

Na categoria Vestuário, o índice passou de 0,20% para 0,49% Em Saúde, o índice atingiu 0,45%, de 0,39%.

Já as categorias Habitação, Transportes e Educação marcaram desaceleração na inflação. Em Habitação, a inflação caiu para 0,22%, de 0,31%. Na categoria Transportes, a inflação passou de 0,81% na segunda semana para 0,80% na terceira semana do mês. Já em Educação o índice passou para uma alta de 0,09%, de 0,18%.

O coordenador do IPC da Fipe, Rafael Costa Lima, sinalizou que deve ajustar para cima, em breve, sua expectativa de inflação de 5% acumulada para o índice no final de 2014. "Vamos esperar março e talvez abril, mas é provável haver uma revisão", disse o especialista.

Segundo Costa Lima, é elevada a chance de a expectativa do IPC para o final do ano subir, uma vez que, se confirmada sua estimativa de 0,71% para o indicador no fechamento de março, a taxa acumulada em 12 meses saltaria de 3,97% em fevereiro para 4,87% este mês. Portanto, bem perto da marca de 5%. "Provavelmente, a tendência de aceleração do IPC em 12 meses vai persistir até o final do ano", disse. Isso porque meses de baixa inflação, ou até de deflação, em 2013 estão saindo do cálculo e dando lugar a taxas bem mais elevadas. Em março de 2013, o IPC havia sido negativo em 0,17%, refletindo a queda nos preços de energia elétrica autorizada pelo governo na época.

Se ratificada a previsão de IPC em março, também haverá expressiva aceleração da inflação do ano de 1,46% para 2,18%. E, para piorar, o mês de abril já tem algumas pressões encomendadas como o reajuste nos preços de medicamentos autorizado pelo governo a partir de 31 de março. Essa perspectiva, somada à expectativa de manutenção dos preços de alimentação torna bastante provável que o IPC de abril fique acima da variação de 0,28% apurada no mesmo mês de 2013.



Veículo: DCI


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