Em maio, Minas apresentou estabilidade

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A comercialização do varejo em Minas Gerais ficou praticamente estável (0,2%) em maio em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do Estado foi inferior à média nacional, que registrou alta de 0,5% na mesma base de comparação.

Com o resultado discreto, Minas apareceu entre as unidades da Federação com menor desempenho nesse tipo de confronto. Dos 27 estados avaliados, 20 tiveram desempenho superior ao mineiro e apenas cinco registraram retração. Entre as regiões com as taxas positivas mais expressivas apareceram Acre (16,1%), Amazonas (5,1%), Bahia (3,8%), Rondônia (3,7%) e Tocantins (2,9%).

Na comparação entre maio deste ano e o mesmo mês de 2013 houve crescimento de 3,7% no comércio mineiro, enquanto no Brasil a alta chegou a 4,8%. Quando avaliado o desempenho do setor nos primeiros cinco meses deste exercício, foi registrada alta de 4,1% no nível de comercialização em Minas, enquanto em âmbito nacional observou-se um crescimento de 5%. Já no que se refere aos últimos 12 meses, os crescimentos do índice foram de 2,4% no Estado e de 4,9% no país.

Segundo a economista do IBGE Juliana Paiva, o desempenho de Minas basicamente acompanha o do país. Para ela, a tendência é observada graças à representatividade econômica do Estado em âmbito nacional. "Há alguma oscilação para mais ou para menos, mas a tendência acaba sendo a mesma, que neste caso é positiva", diz.

No mês, dos oito segmentos avaliados, seis registraram aumento nas vendas no Estado. A alta mais expressiva foi registrada pelo segmento de "outros artigos de uso pessoal e doméstico" (14,9%), seguido por "artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos" (8,8%) e "móveis e eletrodomésticos" (6%).

Também apresentaram resultados positivos neste tipo de comparação os grupos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%); combustíveis e lubrificantes (2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,9%). Já os piores resultados foram vistos em equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-26,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-4,8%).

Neste sentido, Juliana Paiva explica que os aumentos em alguns segmentos podem ser atribuídos ao Dia das Mães, bem como à proximidade com a Copa do Mundo. "As altas em artigos de uso pessoal e doméstico, farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, e móveis e eletrodomésticos são os principais deles", destaca.

Quando levadas em consideração as vendas efetuadas no acumulado dos cinco primeiros meses de 2014, a análise setorial apresentou cinco categorias com resultados positivos e três com retração. Os crescimentos foram observados nas seguintes categorias: outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,6%), combustíveis e lubrificantes (5,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,1%) e móveis e eletrodomésticos (3,2%).

O grupo equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou a queda mais expressiva no período de janeiro a maio deste ano frente a igual período do ano anterior, neste caso de 16,8%. Logo em seguida aparece livros, jornais, revistas e papelaria (-2%); e tecidos, vestuário e calçados (-0,8%).


Ampliado - No diagnóstico do comércio varejista ampliado, os resultados do Estado foram piores do que os do Brasil. Em maio frente a igual mês de 2013 os índices foram de 0,4% em Minas e 0,9% no país.

Já nos primeiros cinco meses do exercício, os resultados foram de -1,3% e 1,4%, respectivamente, enquanto que nos últimos 12 meses o desempenho no Estado foi de -2% e na média brasileira ficou positivo em 2,2%.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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