As ofertas de veículos nas concessionárias e as liquidações dos setores de vestuário e eletroeletrônicos levaram o Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Fecomércio, a registrar a sua segunda queda consecutiva. Em janeiro, o IPV recuou 0,2%, na comparação com dezembro, quando o índice já havia recuado 0,04%, ante o mês de novembro.
O segmento de Veículos apresentou em janeiro queda de 3,46%, na comparação com dezembro, enquanto Vestuário, Tecidos e Calçados, recuou 0,71%, e Eletroeletrônicos, 0,74%. "Apesar das duas quedas, ainda não podemos assegurar que existe uma tendência de redução para os próximos meses. Houve um realinhamento dos preços", avalia Julia Silveira Ximenes, economista da Fecomércio.
O aumento verificado nos alimentos, que estão representados nos grupos Supermercados, Feiras, Açougues e Padarias - cuja representatividade no IPV chega a 40% - foi motivado pela instabilidade climática. "Houve uma menor oferta de produtos no varejo e conseqüente alta de preços por excesso e escassez de chuva. É o caso do trigo consumido no Brasil que vem da Argentina. Lá, a seca prejudicou a safra do produto e afetou o abastecimento", completa a economista. Para os próximos meses, a expectativa é de que os produtos alimentícios continuem influenciando o aumento no índice geral, mas em proporções inferiores às registradas em 2008, pois não há pressões de custos agrícolas.
Veículo: DCI