FGV: Alimentos in natura reduzem desaceleração do IGP-M em janeiro

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Os aumentos nos preços dos alimentos in natura impediram que a inflação medida pela segunda prévia de janeiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrasse desaceleração ainda maior em relação à segunda prévia de dezembro. A prévia do IGP-M divulgada nesta segunda-feira, 19, ficou em 0,55%, ante uma alta de 0,65% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

 



Dentro do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que mede a variação de preços no atacado, o subgrupo alimentos in natura passou de 2,20% na segunda prévia de dezembro para 10,47% na segunda prévia de janeiro, maior contribuição para a taxa de variação dos Bens Finais, que saiu de 1,07% para 1,26%, única aceleração registrada no IPA-M.

No grupo Bens Intermediários, que reduziu a alta de 0,80% em dezembro para 0,36% em janeiro, o destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,63% para 0,23%.

Já a deflação de 0,69% no grupo Matérias-Primas Brutas em janeiro, após a taxa de 0,17% em dezembro, teve influência do milho em grão (de 9,51% na segunda prévia de dezembro para -0,25% na segunda prévia de janeiro), bovinos (de 3,57% para 0,56%) e laranja (de 1,75% para -8,07%). Na direção oposta, houve aumentos em suínos (de -9,57% para 0,82%) e mandioca (de 1,19% para 6,81%), além da redução no ritmo de queda das aves (de -2,57% para -0,99%).

Os alimentos também pressionaram a inflação ao consumidor na segunda prévia do IGP-M de janeiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,06%, ante alta de 0,66% no mesmo período do mês anterior. Cinco das oito classes de despesas registraram taxas maiores, mas a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (que saiu de 0,64% na segunda prévia de dezembro para 1,49% na segunda prévia de janeiro), com destaque para o item hortaliças e legumes (de 5,07% para 11,74%).

Os demais grupos em que houve aceleração no ritmo de alta foram Habitação (de 0,67% para 1,37%), Transportes (de 0,76% para 1,04%), Despesas Diversas (de 0,15% para 0,76%), e Comunicação (de 0,44% para 0,50%). Houve influência da tarifa de eletricidade residencial (de 2,54% para 6,86%), tarifa de ônibus urbano (de -0,20% para 3,34%), cigarros (de -0,07% para 1,27%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,40% para 1,51%).

Aumentos menores foram verificados nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,31%), Vestuário (de 0,42% para 0,05%), e Educação, Leitura e Recreação (de 1,19% para 1,04%), com contribuição de artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,06% para -0,23%), roupas (de 0,44% para -0,03%) e passagem aérea (de 27,33% para -7,89%).



Veículo: Estado de Minas


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