A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 1,24% em março, após subir 1,33% em fevereiro. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 1 00% e 1,50%, e em linha com a mediana de 1,24%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula alta de 3,50% no ano e avanço de 7,90% em 12 meses até março, acima do teto de tolerância do governo, de 6,5%. É o maior resultado desde maio de 2005, quando ficou em 8,19%, segundo o IBGE.

Quatro entre os nove grupos que integram o índice registraram taxas de variação maiores em março do que em fevereiro. Os aumentos de preços de Alimentação e Bebidas aceleraram de 0,85% em fevereiro para 1,22% em março; Habitação passou de 2,17% para 2,78%; Vestuário reduziu o ritmo de queda de -0,89% para -0,11%; e Saúde e cuidados pessoais saiu de 0,39% para 0,96%.

Já o grupo Transportes ficou em patamar semelhante ao mês anterior, passando de 1,98% para 1,91%; Artigos de Residência saiu de 0,62% para 0,44%; Despesas pessoais, de 1,22% para 0 41%; Educação, de 5,98% para 0,74%; e Comunicação, de 0,28% para -0,78%.

Além dos impactos da energia elétrica, combustíveis e alimentos, o IPCA-15 de março teve pressões relevantes também dos itens seguro de veículo (3,01%), higiene pessoal (2,17%), ônibus intermunicipal (1,82%), ônibus urbano (1,39%), automóvel novo (1 37%), mão de obra para pequenos reparos (1,23%) e eletrodomésticos (0,94%).



Veículo: Diário de Pernambuco