Inflação da terceira idade sobe 4,16% no 1º trimestre do ano, diz a FGV

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O indicador mede a inflação percebida pela população com mais de 60 anos de idade

 



A inflação percebida pelos idosos encerrou o primeiro trimestre de 2015 em forte alta. A taxa acumulada no período ficou em 4 16%, mais que o dobro do aumento de 2,02% observado no quarto trimestre de 2014, em função, principalmente, da energia elétrica. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (13). O indicador mede a inflação percebida pela população com mais de 60 anos de idade.

O resultado também ficou acima do resultado observado nos primeiros três meses do ano passado (2,30%). Em 12 meses até março de 2015, o IPC-3i acelerou a 8,56%.

O IPC-3i no primeiro trimestre ficou no mesmo patamar do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação em todas as faixas etárias. O IPC-Br também subiu 4,16% entre janeiro e março. Já em 12 meses, a inflação da terceira idade foi levemente mais branda do que os 8,59% percebidos entre a média dos consumidores.

Ao todo, cinco das oito classes de despesa que formam o índice ganharam força na comparação trimestral. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (1,94% para 6,88%). Segundo a FGV, as tarifas de eletricidade residencial ficaram 35 11% mais caras, uma taxa bem maior do que o aumento de 6,77% observado no último trimestre do ano passado. Pagar o condomínio também ficou mais oneroso, diante do aumento de 8,92% no período.

Contribuíram também para a aceleração do índice os grupos Transportes (1,96% para 4,98%), Alimentação (2,92% para 4,31%), Despesas Diversas (0,56% para 3,65%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,47% para 1,59%). Para cada uma destas classes de despesa, destacam-se os itens gasolina (1,76% para 9,85%), hortaliças e legumes (21,36% para 26,38%), cigarros (-0,11% para 5,82%) e médico (1,72% para 3,57%), respectivamente.

No sentido contrário, perderam força no trimestre os grupos Vestuário (2,16% para -0,64%), Educação, Leitura e Recreação (2 94% para 2,10%) e Comunicação (0,85% para 0,38%). Os itens que contribuíram para estes movimentos foram roupas (2,28% para -1 58%), passagem aérea (30,97% para -19,19%) e tarifa de telefone residencial (0,12% para -1,16%), respectivamente.

O IPC-3i representa o cenário de preços sentido em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.




Veículo: Diário de Pernambuco


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