Neste momento de ajuste da economia, é preciso que os empreendedores tenham cautela, mas não fiquem paralisados. A avaliação é de Luiz Barreto, diretor-presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). " preciso ter essa mentalidade. Não conheço grande e pequeno empreendedor que esteja parado", disse ontem durante o 6º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, em São Paulo.
Ele destacou ainda a necessidade de avanços na legislação de modo a contribuir para o aumento da competitividade da indústria brasileira e ressaltou a importância da integração entre companhias de diferentes portes. "Um ecossistema legal é fundamental para que tenhamos avanços", pontuou.
Ele afirmou ainda que a parceria entre o Sebrae e a CNI tem sido fundamental para inserir a agenda da inovação nos pequenos negócios. "O Sebrae atende cerca de 2 milhões de empresas a cada ano, dessas 164 mil da indústria, o que representa 16% dos clientes", afirmou.
Para Barreto, uma indústria forte é imprescindível para o crescimento de um país e, independentemente do porte da empresa, é importante que todas estejam alinhadas. "As grandes empresas precisam de uma cadeia de fornecedores preparada para inovação, todos os elos precisam ser competitivos, ter mais produtividade", afirmou. Ele afirmou que o Sebrae tem investido fortemente em inovação e que de 2015 a 2018 já foram aprovados mais de R$ 2 bilhões para projetos nessa área.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o setor tem levado diversas propostas ao governo. "Passamos por um momento sério, de dificuldades no mercado, de aumento significativo nos custos das empresas, com o consumo diminuindo em função da crise interna na economia e dificuldades também no setor externo, com alguns países em crise e a desaceleração da China", comentou. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG