O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (15) que, apesar do atual momento de queda de receitas, não há mais disposição política em aumentar impostos, o que deverá ser compensado com melhoria e controle dos gastos. "As indicações que recebemos, cada vez mais, do próprio Congresso, são da pouca disposição em continuar aumentando a carga tributária."
"Evidentemente, quando olhamos para um horizonte um pouco maior, não podemos ter a pretensão de acomodar todas as demandas, muitas delas legítimas, com aumento da carga tributária, o que indicará a importância da priorização dos gastos, a importância da medição dos resultados dos gastos que fazemos."
Apesar da fala de Levy, o governo tem buscado formas de aumentar a arrecadação, combalida pela baixa na atividade econômica. Mesmo com a redução das desonerações, a receita caiu 4,4% em termos reais de janeiro a abril em relação ao mesmo período de 2014.
Uma das alternativas estudadas é o aumento de tributação sobre serviços e até a volta da CPMF, cobrada sobre movimentações financeiras. Levy falou em reunião no Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), quando assinou memorandos de cooperação com a entidade.
Veículo: Folha de S. Paulo