A despeito de repetir a taxa do fim de julho na primeira quadrissemana de agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) dá sinais de que caminha para uma desaceleração para 0,40% no encerramento deste mês.
A avaliação é do coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Ele disse que a inflação captada pelo IPC-S deve subir menos, em razão de alívios previstos nos grupos de maior peso, como Habitação e Alimentação.
Ontem, a FGV anunciou que o IPC-S registrou taxa de 0,53% na primeira quadrissemana de agosto, mesmo resultado do fim de julho. Na abertura por grupos, o de Habitação subiu 0,91% ante 1,03% do encerramento do mês passado e o de Alimentação apresentou alta de 0,75% ante 0,79%. "A leitura desta primeira quadrissemana é de que estamos realmente na trajetória de confirmar a previsão", comentou Picchetti.
De acordo com o coordenador, o item que ele espera que ajudará mais o IPC-S em agosto, o de tarifa eletricidade residencial, já começa a dar sinais de confirmação da expectativa inicial e tende a mostrar uma desaceleração mais forte nas próximas leituras do indicador da FGV. Na primeira quadrissemana de agosto, o componente, que pertence ao grupo Habitação, subiu 3,48% ante 3,62% do fim de julho.
Na Alimentação, Picchetti chamou a atenção para os movimentos que vêm sendo observados nos segmentos de Hortaliças e Legumes, cuja alta da primeira medição de agosto foi de 0,88% (ante 1,67%), e de Frutas, com queda de 0,62% (contra alta anterior de 0,56%). Ele citou que a batata inglesa, por exemplo, já liderou o ranking de pressões de baixa do IPC-S na primeira quadrissemana de agosto (recuo de 4,65% ante declínio de 2,06%).
Também mencionou que o instável tomate também ficou em baixa (de 1,71%) ante variação negativa de 2,93% no fim de julho. No lado das pressões de alta, Picchetti destacou o comportamento das passagens aéreas.
Veículo: Jornal DCI