Produtores reclamam do acesso ao crédito rural

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Diante da crise econômica pela qual o País passa, produtores rurais têm reclamado que os bancos se tornaram mais criteriosos na avaliação de crédito e nas exigências de garantias. Os agricultores também se queixam dos limites impostos pelo Plano Safra 2015/16 ao uso de recursos controlados, subsidiados pelo governo - para eles, o montante liberado pelas instituições financeiras deveria ser maior. Apesar disso, as contratações têm ocorrido. Em julho, primeiro mês da safra, a liberação de financiamentos avançou 32% na comparação com igual mês do ano passado.

Os dados são do Ministério da Agricultura e do sistema financeiro. Eles foram apresentados ontem em uma reunião realizada em Brasília para acalmar produtores. O deputado federal Marcos Montes (PSD/MG), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse que os produtores que procuram a bancada no Congresso afirmam que as exigências dos bancos estão muito altas.

"Estamos vivendo um momento de dificuldade, uma crise no crédito.  natural que só o crédito oficial não resolva o problema", disse. "Os bancos têm criado mecanismos de segurança interna que levantam dificuldades, como a garantia real", relatou.

Ruído - A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, admitiu que depois da divulgação do Plano Safra 2015/16 o ministério recebeu reclamações. Ela ponderou, no entanto, que comparações erradas foram feitas ao avaliar a liberação de crédito e que isso pode ter gerado ruído. A ministra observou que não se pode comprar a liberação de recursos no primeiro semestre com o mesmo período do ano anterior porque neste período há duas safras. O correto, segundo ela, é observar julho contra igual mês do ano passado.

Para mostrar que os problemas eram pontuais e que a liberação tem ocorrido normalmente, a ministra citou que no Banco do Brasil, responsável por 65% do crédito rural, os contratos saltaram de 47 mil em julho de 2014 para 60,6 mil em julho de 2015. "Não estou vendo redução na oferta de crédito nos bancos públicos", observou. No entanto, ela ponderou que o ministério e as instituições farão um levantamento da liberação de crédito por produto para avaliar se há algum problema específico.

 

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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