Nível de estoques é o maior em SP desde 2011

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Depois de uma sinalização positiva de ajuste de estoques em julho, a proporção de empresários da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) que notou excesso de estoques mudou de direção e voltou a crescer, ao passar de 27,9% para 37,3% em agosto, de acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) divulgados ontem. O resultado de agosto, que é o maior valor já registrado na série histórica, iniciada em junho de 2011, indica que quase quatro em cada dez lojistas estão com mercadorias encalhadas.

 

O levantamento mostrou ainda que a proporção de empresários com estoques adequados registrou queda de mais de 10 pontos percentuais no período, de 57,9% para 47,6%. Com esses resultados, o Índice de Estoques (IE), que mede o nível de adequação de mercadorias, recuou 17,6% no mês de agosto ante julho ao atingir 95,4 pontos, também o menor valor já registrado pela série histórica.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de 11,3%. O IE varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

 

Para o assessor econômico da entidade, Vitor França, o resultado de agosto "jogou um banho de água fria" nas expectativas positivas por conta do resultado do mês passado. "Em julho, ficamos entusiasmados imaginando que o comércio podia ter reconhecido a gravidade da crise e sinalizado um ajuste na gestão de estoques, mas a retração vista em agosto evidencia que o dado de julho foi apenas um ponto fora da curva dentro da trajetória ainda muito negativa da economia", explica o economista.

 

No mês passado, depois de seis meses de aumento de estoques indesejados, a percepção dos comerciantes havia melhorado significativamente ante junho. Em julho, o IE atingiu 115,9 pontos, ante 101,5 pontos em junho. Na ocasião, a entidade havia informado que era preciso esperar mais alguns meses para confirmar se esse comportamento era algo apenas pontual ou se indicava de fato um ajuste positivo de estoques e um ponto final do ciclo de carregamento de produtos.

 

Crise longa - Para França, o resultado de agosto sugere ainda que, mesmo pessimistas, os empresários continuam sendo surpreendidos por vendas ainda mais fracas do que as esperadas.

 

"Por isso, é preciso reforçar a necessidade de o empresário ser ainda mais conservador, pois a crise tende a ser longa e estoque alto prejudica a situação financeira das empresas", afirmou o economista.

 

Veículo: Jornal do Comércio - MG


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