Indústria de SP deve demitir 250 mil

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- A indústria paulista deverá colocar na rua, em 2015, cerca de 250 mil trabalhadores, prevê o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A previsão já leva em conta as demissões de 26 mil trabalhadores em agosto comparativamente a julho, equivalente a uma queda mensal de 0,9% no nível de emprego, conforme divulgou a entidade nesta quinta-feira (17).

Antes da aferição do mês passado, a previsão do Depecon apontava para o desligamento de cerca de 200 mil pessoas da indústria."Da última vez, nós havíamos dito que temíamos uma perda de 200 mil empregos da indústria de transformação em 2015. Após o mês de agosto, já nos parece que está mais próximo dos 250 mil empregos a menos", projetou Paulo Francini, diretor do Depecon. "Realmente saímos do surto e fomos à epidemia da perda de empregos", completou.

Na comparação com agosto do ano passado, a indústria registra um saldo negativo de 216 mil postos de trabalho e a demissão de 119 mil, no acumulado de janeiro a agosto no confronto com o mesmo período de 2014, é o pior desde 2006, segundo a entidade.

Nos 12 meses findos em agosto, o pior desempenho foi registrado por máquinas e equipamentos, que teve variação negativa de 14,7%, segundo o estudo.

A pesquisa do Depecon sonda a situação do emprego em 22 setores em todo o Estado. No levantamento de agosto, 17 anotaram baixa em seu mercado de trabalho, três ficaram estáveis e dois registraram contratações. No campo das demissões, destaque para a indústria de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que fechou 5.116 postos de trabalho.

Contratações

Ainda de acordo com o estudo da Fiesp, entre as contratações o setor de alimentos se destacou com a criação de 338 vagas, em função da demanda por produtos alimentícios típicos de final de ano, como o panetone, por exemplo.

Segundo Francini, essas contratações da indústria de alimentos começaram a ocorrer em agosto, mas nem de longe suportam a perda de outros setores. "É insuficiente para gerar um saldo positivo", disse.




Veículo: Jornal DCI


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