Juro do rotativo do cartão chega a 414,3%

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                     Percentual é o mais alto entre todas as modalidades avaliadas pelo BC, batendo até mesmo o cheque especial.

O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito voltou a subir em setembro, alcançando a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo Banco Central (BC), batendo até mesmo a do cheque especial. Atingiu a marca de 414,3% ao ano em setembro ante 403,5% de agosto, uma elevação de 10,8 pontos percentuais na margem. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro diminuiu 0,2 ponto de agosto para setembro, passando de 129,2% ao ano para 129% ao ano.

Já o juro médio do cartão de crédito subiu 4,2 pontos percentuais de agosto para setembro, conforme informou ontem o Banco Central (BC). Em janeiro, a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento, que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de 93,7% ao ano em agosto para 97,9% ao ano no mês passado.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro, segundo o Banco Central. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões. No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.

As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões). Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.

Estoque - O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,8% em setembro ante agosto e chegou a R$ 3,160 trilhões, segundo a instituição. Nos primeiros nove meses do ano, houve alta de 4,7% e, em 12 meses até setembro, de 9,1%.

Houve aumento de 1,2% para pessoas jurídicas e alta de 0,4% para o consumidor no mês. De janeiro a setembro, a alta está em 4,4% para as empresas e em 5,1% para a pessoa física. No caso do período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento de, respectivamente, 8,9% e 9,4%.

De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre subiu 0,5% no mês, teve alta de 2,0% nos primeiros nove meses de 2015 e de 4,9% em 12 meses até setembro. Já no caso do direcionado, aumentou 1,1% em setembro ante agosto, 7,7% nos primeiros nove meses do ano e 13,8% em 12 meses até setembro.

No crédito livre, houve estabilidade no estoque de crédito para pessoas físicas no mês, ficando em R$ 795,6 milhões. Nos primeiros nove meses deste ano, houve alta de 1,6% e de 4,0% em 12 meses até setembro. Para as empresas, no crédito livre, houve alta de 1,0% em setembro e de 2,5% nos primeiros nove meses do ano e de 5,9% em 12 meses encerrados em setembro. O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,8% em agosto para 55% no mês passado.

Veículos - O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões. No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.

As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões). Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou que o crescimento do mercado de crédito em setembro foi semelhante a de meses anteriores, com taxas moderadas e em linha com a previsão da instituição de expansão de 9% este ano.

"O crescimento de 0,8% no mês teve o (crédito) direcionado como origem e é uma parte que tem uma desaceleração mais clara, mais nítida. Em 12 meses passou de 14,7% em agosto para 13,8% em setembro", comparou.

Já a expansão do crédito livre, segundo o técnico, tem sido estável desde 2013. "Esse segmento encerrou o ano passado com alta de 4,6% e vem mantendo taxa em torno de 5% já há alguns meses", disse. A expectativa do BC é de elevação de 5% no caso do crédito livre e de 14% no do direcionado.

 



Veículo: Jornal O Estado de S. Paulo


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