Mercado estima queda do PIB de 3,77%

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O Relatório de Mercado Focus trouxe mais deterioração das previsões das instituições privadas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano. A estimativa de recuo passou de 3,73% em 2016 para queda de 3,77% - um mês atrás estava em -3,54%.

Pelos cálculos do BC, apresentados no RTI de março, o PIB terá retração de 3,50% este ano. Três meses atrás, a autarquia previa queda de 1,9%. Para 2017, a previsão do mercado ainda é de alta da atividade, de 0,30%, assim como já havia sido apontado na edição anterior da Focus (quatro semanas antes estava em 0,50%).

Já a produção industrial, após forte tombo na semana passada, mostrou pequena recuperação. A mediana das estimativas do mercado saiu de queda de 5,80% para recuo de 5,60% - um mês atrás, estava em -4,45%. Para 2017, a previsão ainda continua no terreno positivo, em 0,69% - estava em 0,50% quatro semanas antes.

Para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2016, a mediana das previsões saiu de 41,10% para 41,20% de uma semana para outra, ante 41,00% de quatro semanas antes.

Para o Banco Central, a relação dívida/PIB ficará em 41,6% no fim deste ano, segundo estimativa apresentada pelo chefe do Departamento Econômico da instituição, Tulio Maciel, no fim de março. Esta previsão leva em conta os parâmetros da pesquisa Focus.
No caso de 2017 no boletim Focus, as expectativas permaneceram em 46,20% de uma edição para a outra - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 45,00%.

Selic - O Relatório de Mercado Focus trouxe uma previsão mais baixa para a Selic no fim de 2017. De acordo com o documento, a taxa básica de juros encerrará o ano que vem em 12,25% ao ano. A nova estimativa tira do foco a previsão de 12,50%, que vinha sendo observada no documento por cinco semanas consecutivas. Com isso, a previsão para a Selic média caiu de 12,75% para 12,62% ao ano - um mês antes estava em 12,89% aa.

Para o encerramento deste ano, as estimativas para a Selic continuaram em 13,75% ao ano, o que embute a perspectiva de corte de 0,50 ponto porcentual até dezembro. Atualmente a taxa está em 14,25% ao ano. No caso da Selic média de 2016, a mediana das expectativas caiu de 14,19% para 14,16% de uma semana para a outra. Um mês atrás, estava em 14,25% ao ano.

Esse movimento ocorreu, apesar de, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o Banco Central ter escrito, pela primeira vez, o que seus porta-vozes já vinham anunciando desde meados de fevereiro: não há espaço para redução das taxas neste momento.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus (médio prazo), no entanto, houve uma elevação da previsão para a Selic de 2016 e de 2017.

No boletim de ontem, a mediana das previsões do Top 5 de médio prazo para a Selic deste ano subiu de 13,25% aa para 13,75% aa, após a mediana ter caído um ponto na semana passada.

Para 2017, esses mesmos analistas apresentaram expectativa de taxa a 12,25% ante a de 11,75% vista na semana anterior. Os componentes do Top 5 atuais foram trocados esta semana, depois que o IBGE divulgou o resultado do IPCA de março.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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