Previsão do IPCA para 2017 cai de 5,95% para 5,93%, mostra pesquisa Focus do BC

Leia em 3min

O mercado financeiro acentuou a queda das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017. Na semana passada, após dois meses de estabilidade, houve recuo das estimativas de 6,00% para 5,95% e agora, para 5,93%. Essas mudanças foram registradas pelo Relatório de Mercado Focus, que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 18. As coletas foram feitas até a sexta-feira da semana passada, ou seja, antes do início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Pelos cálculos do BC, a inflação do ano que vem subirá 4,9% e 5,4%, respectivamente pelo cenário de referência e de mercado, traçado no Relatório Trimestral de Inflação de março. O teto da meta de 2017 é 6,00%.

Também em tendência de declínio, houve recuo pela sexta vez seguida das expectativas para o IPCA deste ano. A mediana das estimativas no documento passou de 7,14% para 7,08% nesta semana. Há um mês, estava em 7,43%. Este novo patamar ainda está acima das novas previsões apresentadas pelo BC no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. Pelo cenário de referência da instituição, o IPCA subirá 6,6% este ano e, pelo de mercado, 6,9%. Todas as previsões - do mercado e do governo estão acima do teto da meta de 2016, de 6,50%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, não houve alterações das medianas para este ou o próximo ano. Para 2016, seguiram em 7,06% e, para 2017, em 6,20%. Quatro semanas atrás, essas estimativas eram de, respectivamente, 7,46% e 6,20%.

A inflação suavizada 12 meses a frente também teve leve recuo, passando de 6,43% para 6,38% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,60%. Para o curto prazo, houve ajuste pontual. Para abril, a mediana das previsões saiu de 0,60% para 0,59% de uma semana para a outra - quatro edições atrás da Focus estava em 0,63%. No caso de maio, a taxa permaneceu em 0,50% ante taxa idêntica prevista um mês atrás.

IGPs e IPC-Fipe

As projeções para os índices de preços no atacado voltaram a recuar no Relatório de Mercado Focus. Esses indicadores são altamente influenciados pela cotação do dólar, que tem mostrado baixa desde o início do ano.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), referência para o reajuste dos contratos de aluguel, a mediana das estimativas passou de 7,47% para 7,43%. Quatro semanas antes estava em 7,73%. Para o ano que vem, o indicador saiu de 5,61% para 5,59% - um mês atrás, a mediana apontava para taxa de 5,50%.

No caso do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), a previsão despencou de 7,40% para 7,22% de uma semana para outra para o cenário de 2016. Quatro semanas atrás, estava em 7,49%. Para o encerramento de 2017, a mediana das previsões seguiu em 5,50% pela décima segunda semana seguida.

Já o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) para 2016 voltou a subir de 7,27% para 7,39%, segundo a pesquisa Focus de hoje. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,00%. Para 2017, houve um pouco de alívio nas expectativas para a inflação de São Paulo, que subirá, pelo boletim Focus, 5,40% ante taxa de 5,50% prevista no levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento já estava em 5,50%.

 



Veículo: Site IstoÉ Dinheiro


Veja também

Projeções para juros e inflação caem, aponta Focus

A perspectiva de economistas para a taxa básica de juros neste ano voltou a ser reduzida em meio à cont&ia...

Veja mais
Processo do impeachment gera otimismo no mercado

A aprovação na Câmara dos Deputados para o prosseguimento do processo de impeachment da presidente D...

Veja mais
Relatório Focus: mercado reduz estimativa para inflação e prevê queda maior do PIB

                       Divulgada nesta s...

Veja mais
IPC-S fica em 0,45% na 2ª quadrissemana de abril ante 0,48% na anterior, diz FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,4...

Veja mais
Recessão econômica continua no País enquanto as soluções forem adiadas

A economia real continuará em compasso de espera mesmo após a votação do impeachment de Dilm...

Veja mais
Para analistas, com Dilma ou com Temer, ajuste da economia será duro

Futuro. Especialistas de todos os lados do espectro econômico afirmam que, com ou sem impeachment, retomada do cre...

Veja mais
FGV: PIB mantém queda de 4,1% nos 12 meses encerrados em fevereiro

A atividade econômica acumula retração de 4,1% nos 12 meses encerrados em fevereiro, mesmo resultado...

Veja mais
Cotação do dólar fica estável e Ibovespa recua

Pelo terceiro dia seguido, o Banco Central agiu pesadamente no mercado de câmbio, realizando três leil&otild...

Veja mais
IGP-10 perde força e avança 0,40% em março, aponta FGV

A inflação de abril medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,40% após...

Veja mais