O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil aumentou 1,2% em abril, segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em conjunto com o The Conference Board (TCB).
Essa foi a terceira alta seguida após o indicador subir 1,1%, no mês de março e 0,2%, em fevereiro.
"O Iace manteve em abril a tendência positiva dos dois meses anteriores, refletindo a melhora da maior parte de seus componentes de expectativas, ao passo que o ICCE [Indicador Coincidente Composto da Economia] continua apresentando variações em torno da estabilidade na margem", afirmou Paulo Picchetti, Economista da FGV/Ibre.
Segundo ele, a transição do ambiente político para um cenário de redução das incertezas de curto prazo cria condições "potenciais" para uma melhora dos dois indicadores. "Se isso for confirmado, apontará para uma reversão do ciclo econômico dentro de um horizonte visível, o que não parecia provável até agora", acrescenta Picchetti.
Seis dos oito componentes analisados contribuíram para esse avanço do Iace: a taxa de swap de 360 dias, os índices de expectativas das Sondagens da Indústria e de Serviços, o Ibovespa, o índice de Produção Industrial de Duráveis e o Quantum de exportações.
Já ICCE do Brasil, que faz parte da pesquisa em torno das condições econômicas atuais, teve alta de 0,1% em abril, registrando 98 pontos, revertendo as baixas registradas em março, com -0,1% e em fevereiro com -0,6%. Quatro dos seis componentes contribuíram positivamente para o indicador em abril.
O Indicador Antecedente Composto da Economia para o Brasil foi lançado em julho de 2013 pelo FGV/IBRE e pelo The Conference Board, instituição americana independente de âmbito global para realização de pesquisas e seminários sobre negócios.
Na avaliação da FGV, com uma série desde 1996, o Iace teria antecipado, de maneira confiável, todas as quatro recessões identificadas pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos do Ibre (Codace) durante este período.
O indicador antecedente permite comparar os ciclos econômicos do Brasil com os de outros 11 países e regiões onde também é feita a pesquisa pelo The Conference Board.
Dentre os países comparados pelo indicador e que fazem parte da pesquisa estão: China, os Estados Unidos, a zona do euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México, Coreia, Espanha e o Reino Unido.
Veículo: Jornal DCI