São Paulo - A alta dos preços dos produtos agropecuários no atacado acelerou com força e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,63 por cento em junho, contra avanço de 1,13 por cento em maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Ainda assim, o resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas, de alta de 1,70 por cento na mediana das projeções.
A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou alta de 2,10 por em junho, após avançar 1,49 por cento em maio. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
No IPA, os preços dos produtos agropecuários subiram 5,58 por cento, contra alta de 3,31 por cento no mês anterior. Somente o feijão teve alta de 58,72 por cento em junho, depois de subir 7,34 por cento em maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), por sua vez, subiu apenas 0,26 por cento, depois de ter avançado 0,64 por cento no mês anterior. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
O destaque no IPC ficou, segundo a FGV, para o grupo Alimentação, cuja alta desacelerou a 0,07 por cento de 0,77 por cento, com destaque para o item frutas.
Ainda assim, também no varejo, o feijão subiu muito, com o tipo carioca registrando alta de 38,62 por cento, após subir 8,38 por cento no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) também registrou maior pressão em junho ao avançar 1,93 por cento, depois de registrar alta de 0,08 por cento em maio. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
Veículo: Exame