As vendas no varejo do Estado de São Paulo caíram 3,3% em abril ante igual mês do ano anterior, para R$ 44,690 bilhões, informou nesta terça-feira, 5, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações de arrecadação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). Na comparação com março, o recuo foi de 3,8%. No acumulado de janeiro a abril, a queda é de 2,1%.
Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, apesar do desempenho negativo registrado em abril, os indicadores de confiança mostram uma melhora das expectativas dos agentes econômicos diante das mudanças do quadro político e da troca de comando das autoridades econômicas. "O mercado parece esperar que o protagonismo absoluto das questões políticas se reduza e abra espaços para discussões e aplicações de medidas econômicas de ajuste efetivo e de controle das atuais distorções, sem elevações da carga tributária", afirmou em nota.
Das nove atividades pesquisadas, seis registraram retração nas vendas em abril em comparação com igual mês de 2015: lojas de vestuário, tecidos e calçados (-21,6%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-12,9%), materiais de construção (-12,4%), lojas de móveis e decoração (-10,4%), concessionárias de veículos (-7,4%) e outras atividades (-2,7%). Na contramão, subiram os setores de farmácias e perfumarias (13,8%), supermercados (3,7%) e lojas de autopeças e acessórios (1,3%).
Capital paulista
Na cidade de São Paulo, a retração foi mais forte do que na média do Estado. As vendas atingiram R$ 13,8 bilhões, queda de 7,4% na comparação com o mesmo mês de 2015, a segunda maior contração entre todas as regiões do Estado. Com isso, o varejo paulistano alcançou o menor faturamento para abril desde 2009, R$ 1,1 bilhão abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado.
Veículo: Estado de Minas