Ganho dos lojistas cai 8,6% até junho

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Segundo a Serasa Experian, a retração foi a maior desde 2002, quando o País enfrentou a 'Crise do Apagão'; venda de carros tomou o maior tombo: 17%

 



São Paulo - O movimento de consumidores em lojas no varejo brasileiro apresentou retração de 8,6% no primeiro semestre, na comparação anual. Segundo a Serasa Experian, a retração foi a maior desde 2002, quando houve a 'crise do apagão'.

Os dados fazem parte do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, que mapeia o fluxo de clientes nas lojas pelo Brasil. "Este foi o pior desempenho da atividade varejista do País de toda a série histórica do indicador, superando a queda de 6,9% observada no primeiro semestre de 2002, época em que o País vivia a "crise do apagão", informou a Serasa Experian, em nota.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a forte retração da atividade varejista brasileira no primeiro semestre de 2016 pode ser explicada pela continuidade da elevação da taxa de desemprego do País, a alta dos juros, além do grau deprimido dos níveis de confiança do consumidor "Há também condições mais restritivas do crediário, o que diminui a disposição do brasileiro em fazer dívidas de médio e longo prazo", resume o professor de economia da Unip, Sérgio Lessa.

Por setor

Segundo o balanço, a maior retração do consumidor no primeiro semestre de 2016 deu-se no segmento de veículos, motos e peças, o qual registrou queda de 17,0% frente ao primeiro semestre do ano passado. A segunda maior queda foi de 13,9%, observada no movimento dos consumidores nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, neste primeiro semestre de 2016. "Houve recuo também significativo, de 13,3%, nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática", relatava o indicador.

Além destes destaques negativos, houve retrações menores nas lojas de material de construção (-6,4%) e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-7,5%).

Somente o segmento de combustíveis e lubrificantes conseguiu encerrar o primeiro semestre no azul, com alta de 4,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Veículo: DCI


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