A inflação de julho medida pelo IGP-10 subiu 1,06% após alta de 1,42% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta sexta-feira (15) ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma taxa de 0,96% a 1,45%, com mediana de 1,24%.
No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de julho, os preços no atacado representados no IPA-10 tiveram alta de 1,23% neste mês, após aumento de 1,89% em junho. Os preços ao consumidor medidos no IPC-10 apresentaram avanço de 0,27% em julho, após elevação de 0,49% no mês anterior. Já o INCC-10, da construção civil, teve taxa positiva de 1,76%, ante alta de 0,49% em junho.
Até julho, o IGP-10 acumula alta de 6,45% no ano e avanço de 12,18% em 12 meses. O período de coleta de preços para o indicador de julho foi do dia 11 de junho a 10 deste mês. Já o IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 30 do mês passado, subiu 1,63%.
A inflação agropecuária no atacado desacelerou em julho. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 3,32%, dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). Em junho, o setor teve alta de 4,91%.
Os preços dos produtos industriais no atacado também subiram menos. A alta em julho foi de 0,37% neste mês, contra aumento de 0,70% em junho.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 2,67% em julho, ante 0,51% em junho.
Os preços dos bens intermediários tiveram alta de 0,74% este mês, ante 1,26% em junho. Já os preços das matérias primas brutas apresentaram taxa positiva de 0,09% em julho, após alta de 4,23% no mês anterior.
O aumento nos custos da mão de obra acelerou o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), na passagem de junho para julho, diz FGV.
O INCC-10 passou de alta de 0,49% em junho para elevação de 1,76% em julho.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou aumento de 0,23% este mês, ante alta de 0,14% na leitura anterior. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra cresceu 3,10% em julho, após o aumento de 0,81% em junho.
Os itens de maior pressão sobre o INCC-10 de julho foram ajudante especializado (2,97%), servente (3,24%), pedreiro (3,43%), carpinteiro de forma, esquadria e telhado (3,15%) e bombeiro (3,88%). Já os itens que deram alívio à elevação de preços foram cimento Portland comum (-2,03%), condutores elétricos (-1,61%), esquadrias de alumínio (-0,47%) aluguel e máquinas e equipamentos (-0,42%) e massa de concreto (-0,32%).
Veículo: Jornal do Comércio de Porto Alegre