Mesmo com aumento da inflação e disparada de preços, principalmente em itens do grupo alimentação, compras no atacado de autosserviço, o popular “atacarejo”, mantêm trajetória de alta, consolidando o segmento como alternativa de consumo para o sul-mato-grossense. Segundo publicado neste domingo no portal Correio do Estado, de acordo com projeções divulgadas por redes que atuam no Estado, o movimento de vendas no setor fechou com avanço de 37,6% no segundo trimestre deste ano, em comparação com igual período do ano passado, e a expectativa é permanecer com ritmo de crescimento nos dois dígitos, até o fim de 2016.
Os índices confirmam o bom momento do atacarejo, apontado pela própria Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas). Conforme a entidade, o setor deve ter avanço de até 20% no faturamento neste ano – diante dos 15% nominais do ano passado –, impulsionado pela expansão do número de lojas, entrada em novas regiões e a própria crise econômica.
De acordo com José Roberto Securato Júnior, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), e Beatriz Dietrich, colaboradora da mesma entidade, o modelo de supermercado “Cash&Carry”, também conhecido como atacarejo, tornou-se, para muitos consumidores, uma alternativa de substituição aos tradicionais hiper e supermercados. “O atual cenário macroeconômico reduziu o poder de compra da população e forçou uma mudança nos hábitos de consumo de muita gente: a sensibilidade ao preço aumentou, o pagamento em dinheiro voltou a ser um importante meio de troca e a estocagem e as compras coletivas são práticas cada vez mais comuns para fugir dos valores exorbitantes dos alimentos”, pontuam.
Veículo: Varejista.com.brc