Setor atacadista fecha semestre em nível estável

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O setor atacadista brasileiro encerrou o primeiro semestre com uma leve recuperação, segundo os resultados da pesquisa mensal do banco de dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), realizada pela FIA (Fundação Instituto de Administração). As perdas reais acumuladas no ano passaram de -0,7% em maio para -0,22% em junho, aproximando o setor da projeção de estabilidade anunciada no início do ano. Levando-se em conta que a economia ainda apresenta algum grau de incerteza, o resultado, embora ainda negativo, é considerado satisfatório.

Já os dados nominais (não deflacionados) de junho apontam crescimento de 4,5% em relação a maio e 11,31% na comparação com junho do ano passado. No acumulado do ano, a variação é de 9,41% sobre os primeiros seis meses de 2015. Somados aos resultados da pesquisa Termômetro de Vendas, também apurada pela FIA, que oferece uma projeção para o mês recém-terminado (julho), os dados disponíveis embasam o aumento do otimismo do setor quanto a encerrar o ano com um pequeno crescimento de até 1%.

Segundo o Termômetro de Vendas de julho, a variação nominal do faturamento do setor será positiva em todas as análises: 3,03% em relação a junho, 7,49% em relação a julho de 2015 e 9,12% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2015. Para o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, o cenário de otimismo é complementado pelas recentes pesquisas que apontam o aumento da confiança do consumidor e da indústria, que devem levar a alguma recuperação no consumo no segundo semestre.

"As empresas do setor, desde 2015, vêm fazendo ajustes internos e investindo em melhorias na operação e na gestão, de modo a garantir a competitividade diante de um cenário profundamente desafiador. E, pela primeira vez em vários meses, enxergamos que a confiança vai retornando ao mercado, permitindo vislumbrar uma real retomada a partir de 2017", avalia Lopes Filho.

De acordo com os resultados da pesquisa do Ranking Abad/Nielsen, em 2015, o segmento atacadista distribuidor apresentou queda de -6,8% em termos reais e crescimento de 3,1% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 218,4 bilhões, a preço de varejo. Com isso, os agentes de distribuição respondem por uma fatia de 50,6% do mercado mercearil nacional, que foi de R$ 431,3 bilhões no ano passado. É o 11º ano consecutivo em que a participação do segmento nesse mercado permanece superior a 50%.
 
Fonte: Jornal do Comércio de Porto Alegre


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