Confiança sobe, mas cai intenção de consumir

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Avanço de 0,6% nos últimos dois meses aponta um "B-R-O-Bró" mais otimista, afirma pesquisa da Fecomércio




Com expectativas melhores em relação ao futuro, o consumidor fortalezense está mais confiante. É o que revela o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado ontem (6) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE). O indicador apresenta avanço de 0,6% em setembro ante agosto, passando de 98,5 pontos para 99,1 pontos neste mês.

Apesar da melhora, a taxa de pretensão de compra teve queda de 1,9 pontos percentuais neste mês. Mesmo com a queda da pretensão de compra, que passou de 39,5% em agosto para 37,6% neste mês, a taxa ainda é melhor do que a verificada no mesmo mês de 2015, de 36,4%.

A avaliação sobre a situação presente, medida pelo Índice de Situação Presente - que compõe o índice geral -, apresentou queda de 0,1% em setembro, enquanto o Índice de Situação Futura teve crescimento de 1%. Apesar de o ICC ainda permanecer no campo que indica pessimismo, o resultado ainda é melhor do que o observado em igual mês do ano anterior, quando a confiança do consumidor atingia 92,5 pontos.

Esta é a segunda alta consecutiva do indicador, que apresentou uma queda brusca na passagem de junho para julho. Para a diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, os números indicam que o "B-R-O-Bró" de 2016, período que compreende os últimos quatro meses do ano, deve ser bem melhor em relação ao mesmo período de 2015.

B-R-O-Bró

Ela explica que as pessoas estão mais crentes em relação à economia e revela que a confiança do consumidor deve ainda ter uma ascensão nos próximos meses deste ano. "Iniciou com essa alta suave, mas a tendência, nós acreditamos, é que cresça nos próximos meses. As pessoas ficam animadas e com expectativa de comprar roupa nova e de arrumar a casa par ao fim de ano".

Valor das compras

O valor médio das compras é estimado em R$ 288,83 e a intenção de compra mostra-se superior para os homens (39,6%), mais vigorosa para os consumidores do grupo com idade entre 18 e 24 anos (49,4%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (56,6%).

O percentual de consumidores que consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis teve melhora em setembro, passando de 29,4%, em agosto, para 30,1% neste mês. Outros 46,5% consideram o momento ruim.

Itens desejados

Lideram a procura os artigos de vestuário, citados por 24,3% dos entrevistados, seguidos pelos televisores (19,9%); aparelhos de telefonia celular (16,9%); geladeiras e refrigeradores (14,6%); móveis e artigos de decoração (14,1%); calçados (13,9%); e fogão (9,2%). O levantamento mensal da Fecomércio-CE revela ainda, que 49% dos consumidores de Fortaleza consideram sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. As expectativas futuras se mostram otimistas, com 73,1% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.



Veículo: Diário do Nordeste


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