Quanto movimenta a comercialização de mercadorias ilícitas, como produtos roubados, furtados, contrabandeados e pirateados? Só nos municípios paulistas, R$ 13,26 bilhões, segundo um estudo inédito apresentado na última sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que mapeou o impacto do comércio ilegal em nove setores durante o ano passado. Não fosse essa concorrência, que chega a morder quase 12% do consumo de produtos como eletrônicos, toda a indústria paulista poderia criar 111,6 mil empregos formais, o que significaria uma geração de renda, entre salários e lucro, de R$ 3,02 bilhões, conforme estimativa da entidade. Para os governos, a perda na arrecadação chega a R$ 2,81 bilhões em impostos federais - o suficiente para construir 1,5 mil escolas de ensino básico ou 1,2 mil hospitais - e de R$ 2,54 bilhões em impostos estaduais. Embora tenha, no ano passado, ficado praticamente estagnado em relação a 2014, quando movimentou R$ 13,24 bilhões, o mercado ilícito quase dobrou de tamanho desde 2010, quando girava em torno R$ 6,71 bi. Os maiores rombos se dão nas indústrias de tabaco e de automóveis/autopeças, onde as vendas ilegais somaram, respectivamente, R$ 4,25 bilhões e R$ 3,49 bilhões no ano passado.
Fonte: DCI