São Paulo - O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil - que objetiva antecipar tendências da atividade - divulgado ontem pelo FGV/Ibre e pelo The Conference Board (TCB), avançou 0,7% entre julho e agosto.
Foi a sétima alta consecutiva. Conforme as instituições, dos oito componentes do indicador, cinco contribuíram positivamente para o índice em agosto: Taxa referencial de swaps DI prefixada - 360 dias; os Índices de Expectativas das Sondagens de Serviços e do Consumidor; o Índice de Ações Ibovespa; e o Índice de Termos de Troca.
"A continuidade da trajetória de avanço do Iace nos últimos meses segue sendo explicada de forma majoritária pelas expectativas favoráveis", afirma Paulo Picchetti, em nota enviada à imprensa.
Dados atuais
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado pelo FGV/Ibre e pelo TCB, que mensura as condições econômicas atuais, apresentou queda de 0,5% em agosto deste ano. Nos dois meses anteriores, com revisão de dados, o indicador havia recuado 0,4% em julho, e avançado 0,3 % em junho.
"Os acontecimentos políticos recentes podem viabilizar escolhas que concretizem estas expectativas que, tal como refletido pelo comportamento do ICCE nestes últimos meses, ainda não afetaram o ambiente econômico atual de forma decisiva", acrescenta Picchetti, na mesma nota.
Os dados oficiais da atividade econômica (o Produto Interno Bruto - PIB) são divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O último anúncio foi referente ao segundo trimestre de 2016, o qual recuou 0,6%, em relação ao período imediatamente anterior, e caiu 3,8% na comparação com igual trimestre de 2015. No ano, a queda acumulada foi de 4,6%. O resultado do terceiro trimestre será divulgado em 30 de novembro.
A expectativa do mercado financeiro para a economia deste ano é de retração de 3,15% , de acordo com o relatório Focus do Banco Central (BC), desta semana. Portanto, haveria uma retomada da atividade neste semestre.
Especificamente em julho - o cálculo mais recente divulgado -, o BC aponta que o PIB diminuiu 0,09% ante agosto do mesmo ano, de modo a somar nos sete meses de 2016 retração de 5,53%.
Fonte: DCI