Projeção do IPCA para 2016 passa de 6,89% para 6,88% no relatório Focus do BC

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Já sob influência da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, os economistas do mercado financeiro pouco mudaram suas projeções para a inflação. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 31, mostra que a mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial de inflação – este ano passou de 6,89% para 6,88%. Há um mês, estava em 7,23%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 5,00%. Há quatro semanas, apontava 5,07%.

Na ata, que justificou a decisão do Copom de reduzir a Selic de 14,25% para 14,00% ao ano, o colegiado do BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal. A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário. A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.

No relatório Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano permaneceu em 6,89%. Para 2017, seguiu em 5,03%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,30% e 5,50%.
Já a inflação suavizada 12 meses permaneceu em 4,95% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,15%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para outubro seguiu em 0,30%. Um mês antes, estava em 0,40%. No caso de novembro, a previsão do Focus foi de 0,40% para 0,39%. Há quatro semanas, era de 0,45%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA: 0,40% para outubro e 0,45% para novembro.

Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as faturas de energia terão a cobrança da chamada “bandeira amarela” no próximo mês. O impacto sobre as projeções do IPCA de novembro, no entanto, somente será captado pelo Focus na próxima semana.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados, mas apenas no próximo ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2016 seguiu em 6,00%. Para o próximo ano, a mediana foi de alta de 5,28% para avanço de 5,20%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,20% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,50% em 2017.
Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, o colegiado do BC informou que espera alta de 6,2% para os preços administrados em 2016, de 5,8% para 2017 e de 5,1% para 2018.

Na última sexta-feira, porém, surgiu um fator novo: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as faturas de energia terão a cobrança da chamada “bandeira amarela” no próximo mês. O impacto disso sobre as projeções do IPCA de novembro será captado pelo Focus na próxima semana.

IGPs e IPC-Fipe
O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 2016 passou de 7,31% para 7,29% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,94%.

Para o ano que vem, a mediana das previsões foi de 5,43% para 5,38%. Quatro levantamentos atrás estava em 5,50%. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
Outro indicador, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 7,65% para 7,53% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 8,01%. Para 2017, a previsão foi de 5,33% para 5,41% – um mês atrás estava em 5,50%.

A mediana das previsões para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) de 2016 permaneceu em 6,65%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,07%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo seguiram em 5,55%, ante 5,12% de um mês antes.

Fonte: Istoé


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