Com preços mais acessíveis, setor de suínos tem alta de 5,6% em Minas

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Também entre julho e setembro, o de bovinos recuou 13,6%

 

 

O maior consumo de carnes de frango e de suínos, cujos preços são mais acessíveis que os da carne bovina, estimulou o aumento do abate em Minas Gerais. De acordo com dados da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem, o abate de frangos cresceu 2,4% e o de suínos, 5,6%. Já no setor de bovinos, foi verificada queda de 13,6%. A produção mineira de leite retraiu 4,1%.

 

Entre julho e setembro, foram abatidos 601,5 mil bovinos no Estado, recuo de 13,6% quando comparado com o mesmo período de 2015. De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, a queda se deve à redução do rebanho mineiro, que nos últimos anos foi impacto pela estiagem severa em importantes regiões produtoras. "A queda no abate de bovinos é impacto do longo período de estiagem registrado nos últimos anos, principalmente no Norte e Jequitinhonha, onde houve redução no rebanho. No caso dos bovinos, quando acontece queda no rebanho, o impacto dura alguns anos, já que a recuperação é lenta", explicou.

 

Ainda segundo Albanez, a região Norte concentra 11% do rebanho mineiro e o Jequitinhonha e Mucuri 10%. "Então, 21% dos bovinos de Minas estão centralizados nestas regiões, que são fornecedoras de bezerros e animais de recria. A seca impactou e isso vem repercutindo na redução do abate. Se mantivermos o índice de abate do terceiro trimestre no quarto trimestre de 2016, voltaremos ao nível registrado em 2012, quando o número de animais alcançou 2,5 milhões de cabeças".

 

O abate de bovinos vem retraindo em Minas Gerais desde o ano passado. Os dados da Seapa mostram que em 2013 foram abatidos 3 milhões de cabeças, em 2014 cerca de 3,2 milhões e em 2015 foram 2,8 milhões. "O aumento observado em 2013 e 2014 pode ter sido estimulado pela seca, quando os produtores descartaram maior volume de animais, principalmente as fêmeas, por não terem condições de mantê-los", disse Albanez.

 

Leite - O aumento dos custos de produção e a queda da rentabilidade fizeram com que a captação de leite retraísse 4,1% entre julho e setembro de 2016, em Minas Gerais na comparação com o mesmo período de 2015. Ao todo foram produzidos 1,484 bilhão de litros. A indústria processou 1,481 bilhão de litros, queda de 4,2% frente a igual intervalo do ano anterior.

 

"A redução, no caso do leite, se deve ao aumento dos custos. Em 2016, as exportações de milho e de soja cresceram, estimuladas pela valorização dos preços, reduzindo a oferta no mercado interno e impulsionando os preços da ração animal", explicou Albanez. Suínos - Já o abate de suínos cresceu 5,6% em Minas Gerais ao longo do terceiro trimestre de 2016, frente a igual período do ano anterior. Ao todo foram abatidas 1,35 milhão de cabeças, somando 113,4 mil toneladas de carcaça. O peso das carcaças subiu 5,4%, frente ao mesmo período de 2015.

 

Em Minas, enquanto as exportações de carne suína no terceiro trimestre de 2015 somavam 2,4 mil toneladas, em igual período de 2016 o volume alcançou 3,9 mil toneladas, avanço de 61,9%, o que foi importante para estimular o abate. O comprometimento da renda das famílias, em função do maior desemprego, também estimulou o consumo da carne suína, que tem preços mais acessíveis que a de bovinos.

 

 


Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


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