O preço da cesta básica cresceu menos do que a inflação

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O comportamento dos preços da cesta básica entre julho e novembro deixou para trás o período de altas do primeiro semestre

 




O comportamento dos preços da cesta básica entre julho e novembro deixou para trás o período de altas do primeiro semestre e atenuou as dificuldades das famílias que destinam grande parte da renda à compra de alimentos e itens essenciais de limpeza e higiene pessoal. Em novembro, o custo da cesta básica calculado pelo Procon e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) subiu 0,14% em relação a outubro, menos do que o IPCA de 0,18%, o mesmo ocorrendo nos primeiros 11 meses do ano, quando esses porcentuais foram de 4% e de 5,97%. Os preços dos alimentos diminuíram 0,32% no mês passado, liderados por feijão carioquinha (-14,18%), batata (-12,68%), queijo muçarela fatiado (-8,37%), biscoito maisena (-4,15%) e extrato de tomate.

 

(-3,7%). O valor do frango inteiro resfriado caiu 2,26% e o dos ovos brancos, 3,59%, favorecendo a substituição de outros produtos proteicos cujos preços aumentaram, como as carnes de primeira e de segunda sem osso e o presunto fatiado. A linguiça fresca subiu 5,28% por causa da demanda sazonal de carne suína. Os preços médios da cesta subiram mais entre março e junho – quando a alta foi de 3,6%. Com a piora do emprego e a perda de renda dos trabalhadores, a demanda caiu e se tornou mais fácil o recuo de preços no segundo semestre.


Na comparação entre dezembro de 2015 e novembro deste ano, dois itens subiram acima de 30% (feijão carioquinha e farinha de mandioca torrada), quatro itens aumentaram mais de 20% (margarina, alho, queijo muçarela e leite em pó integral) e sete itens subiram mais de 10%, como linguiça fresca e café em pó. Se as safras de grãos forem tão boas como se espera e os preços tenderem à estabilidade, 2017 será um ano favorável para o consumo de alimentos e para empresas como hiper e supermercados, cujo desempenho oscilou muito neste ano. Na média, os custos de higiene pessoal subiram apenas 2,8% neste ano, mas um item crítico (a pasta de dentes) subiu 17,8%. Os custos de limpeza cresceram mais (6,31% no ano), puxados por água sanitária e detergente líquido. Mau sinal para a saúde das pessoas.

 

 

Fonte: O Estado de São Paulo

 

 

 

 


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