São Paulo - Metade dos consumidores brasileiros deve se autopresentear neste Natal, segundo estimativa divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O índice é maior entre mulheres (57,3%) e, em relação ao Natal de 2015, foi 4,3 pontos percentuais menor, já que no ano passado 54,3% compraram presentes para si.
A prática é justificada por esses entrevistados principalmente pelo sentimento de merecimento (40,8%) e a oportunidade de se presentear comprando coisas que precisam (39,1%). Na média, a intenção de compras é de dois presentes, com um tíquete médio de R$ 157,89. Este valor representa uma redução real de quase 16%, quando comparado ao valor gasto no ano passado. No total, os consumidores que irão se presentear e já definiram um valor, gastarão em torno de R$ 330,00 consigo mesmos - outros 48,0% ainda não sabem quanto irão gastar.
Mesmo que o valor de cada presente tenha diminuído, em relação a 2016, ele ainda é 44% superior ao valor gasto com presentes para terceiros. De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, não há nada de errado em aproveitar o Natal para presentear-se, desde que a pessoa aja de acordo com seu padrão de vida e suas prioridades financeiras: "O auto presente não é um problema. É normal querer recompensar nosso esforço pessoal, mas o consumidor não pode perder de vista a noção dos gastos."
Sem gastos
Entre aqueles que não pretendem comprar presentes para si mesmos (24,9%), os principais motivos são: não gostar ou falta de costume (25,5%), ter outras prioridades de compra (17,5%) e priorizar o pagamento de dívidas (11,3%). Roupas, calçados e perfumes lideram a lista de presentes, e metade dos entrevistados (49,1%) acredita que irá ganhar presentes de outras pessoas. Os produtos mais desejados são roupas e acessórios, (47%), calçados (36,4%) e perfumes e cosméticos (29,7%).
Fonte: DCI