Intenção de financiar é a mesma de 2016

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São Paulo - O ano virou, o governo mudou e a intenção dos brasileiros de contratar financiamento em janeiro foi a mesma vista no primeiro mês de 2016. É o que mostra levantamento da Fecomercio, relativa ao Estado de São Paulo.


Segundo a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), o Índice de Intenção de Financiamento registrou 17 pontos em janeiro, valor idêntico ao apurado no mesmo mês de 2016. O indicador varia de 0 a 200, sendo 100 a diferença entre otimismo total e pessimismo total do consumidor.


Na comparação com dezembro, quando o indicador alcançou os 17,6 pontos, houve queda de 3,3%. Isso significa que apenas 8,1% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito nos próximos três meses, muito abaixo dos 10% da média histórica.


O Índice de Segurança de Crédito atingiu 80,9 pontos em janeiro, alta de 3,2% em relação a dezembro, principalmente por conta dos consumidores não endividados que acabaram optando por alocar seus recursos extras do final de ano em novas aplicações. No comparativo com o mesmo período do ano passado, houve elevação de 5,4%. Segundo a PRIE, a segurança de crédito dos não endividados subiu 11,2% entre dezembro e janeiro e 6,2% na comparação anual. Já os endividados viram a segurança de crédito diminuir 10,2% na comparação com o mês anterior e subir discretamente 0,3% em relação a janeiro de 2016.

 

 
O ponto positivo
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o conservadorismo dos consumidores garante ao Brasil que o sistema financeiro esteja fora das principais preocupações do Governo, ao contrário do que ocorre em outras economias muito alavancadas, como a russa e a chinesa, por exemplo. "Por outro lado, as elevadas taxas de juros ainda inviabilizam o crescimento econômico e o investimento empresarial, reduzindo o potencial tanto de crescimento do País quanto de valorização do mercado acionário", diz a entidade, e nota.


"A Federação acredita que em 2017 a economia continuará em busca da normalidade, com perseguição de taxas de juros menores, investimentos diretos maiores e redução do tamanho do Estado com base nas reformas", informava o relatório. Essa tendência sendo mantida, segundo a Entidade, vai abrir caminho para um novo ciclo de expansão de crédito e de crescimento, com redução de juros e da dívida pública.


Para FecomercioSP, a tendência no futuro próximo é de que os juros básicos continuem a ser reduzidos nos próximos meses.


Paula Cristina


 
Fonte: DCI - São Paulo

 


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