São Paulo - Em fevereiro, o Índice de Estoques (IE) atingiu 97,6 pontos, queda de 4,3% em relação ao mês anterior e voltou a ficar abaixo dos 100 pontos -fato que não ocorria desde outubro de 2016. O indicador mede a percepção do varejista de São Paulo sobre nível de produtos guardados nas lojas.
A retração foi motivada pelo aumento de 1,6 ponto percentual (p.p.) na proporção de empresários que afirmam estar com estoques acima do adequado e pelo crescimento de 0,6 p.p. dos estabelecimentos que contêm produtos abaixo do ideal, na comparação com janeiro.
Com isso, cerca de 36,5% dos empresários estão considerando seus estoques acima e 14,4% abaixo do nível ideal. Apenas 48,6% dos empresários afirmaram estar com estoques no nível adequado em fevereiro. Os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total).A Federação pondera que era esperado que em janeiro, em função das promoções e de um comportamento mais racional dos consumidores, os estoques fossem ajustados para baixo, o que não se verificou ainda. Esse ajuste virá neste ano, mas a FecomercioSP não acredita que a queda dos estoques, bem como a retomada da produção e do emprego no País sejam rápidos ou homogêneos. "Não será possível, por exemplo, um ajuste de estoques muito rápido para ramos dependentes de crédito, mas para vestuário, calçados, e até alguns eletroeletrônicos mais simples e baratos pode ser que o efeito seja mais rápido", diz a entidade, em nota.
Da redação
Fonte: DCI - São Paulo