O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto, afirmou que nova Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) vai atualizar os padrões de consumo das famílias, influenciando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A declaração foi dada em coletiva com jornalistas na sede do IBGE em São Paulo ontem (dia 6).
Olinto explicou que, depois da POF, alguns itens do IPCA podem perder peso, enquanto outros podem ganhar mais relevância no levantamento. O estudo com as famílias vai começar ainda este mês e dura um ano. Ele não adiantou mais informações sobre a nova POF.
Outra pesquisa que será iniciada este ano é o Censo Agropecuário, que será inteiramente digital. A coleta terá início em outubro e pode durar cinco meses. Olinto adiantou ainda que haverá atualização na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), nos moldes da que ocorreu nos estudos de varejo e de serviços, no segundo semestre. Ele, porém, não deu mais detalhes.
Olinto afirmou que quer propor uma integração com outros institutos de estatística com o objetivo de integrar informações e aumentar a eficiência, como já ocorre em outros países. "A diretriz pode mudar, mas a lógica do IBGE não muda. Ela é pautada pelo padrão de agilidade, que sempre foi a linha do instituto", diz ao comentar a transição com o ex-presidente Paulo Rabello.
Alvo de muitas perguntas sobre as atualizações nas pesquisas de varejo e serviços realizadas no início deste ano, o presidente do IBGE destacou, assim como o instituto já vinha se pronunciando, que algumas críticas feitas à atualização das pesquisas de varejo e de serviços são "levianas".
Segundo o presidente do IBGE, em indireta referência às críticas em relação ao momento das revisões, a lógica das atualizações estatísticas é divulgá-las assim que os dados estejam em mãos para melhor informar a sociedade, independentemente se o anúncio será feito em um momento de crise ou não.
Fonte: DCI São Paulo