Diante da crise política e econômica no País, o Índice de Intenção de Consumo da Famílias (ICF) paulistanas caiu 2,7% em 15 dias, chegando a 76,7 pontos. A FecomercioSP aponta ainda que, dentre famílias com renda acima de dez salários mínimos, o indicador retraiu mais: 8,3%.
Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FecomercioSP), o ICF registrava 78,8 pontos em 10 de maio, antes da delação envolvendo lideranças políticas nacionais. Em uma nova medida da entidade após o fenômeno, ele obteve retração de 2,7%, chegando a 76,7 pontos.
De acordo com a tabela divulgada ontem (8), entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a queda na intenção de consumo foi ainda maior. Após bater 89,5 pontos no dia 10 do último mês, o indicador apresentou uma queda significativa, de 8,3%, chegando a 82 pontos em 25 de maio.
Entre as menos abastadas, a intenção de consumo se manteve estável, retraindo apenas 0,3%, alcançando 74,8 pontos em 25 de maio, ante os 75,1 pontos em 10 de maio. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, em grande parte isso se deve ao fato de que o patamar de intenção de consumo das famílias de menor renda já está muito baixo, sendo difícil fazer novos cortes em seu padrão de consumo.
Balanço
Para a entidade, grande parte do desempenho econômico levemente positivo no início do ano foi em função dos aumentos da confiança e da intenção de consumo das famílias e dos empresários. Esse aumento de confiança, por sua vez, deriva do apoio ao novo direcionamento econômico e à aprovação das reformas (algumas já finalizadas e outras em andamento).
Existem tantas dúvidas no cenário político, que a FecomercioSP afirma ser muito difícil dizer o que vai acontecer com os indicadores de confiança e como as famílias vão reagir. Embora o momento econômico pareça melhorar, a entidade aponta que uma crise profunda e, principalmente, prolongada, pode abortar esse processo.
Fonte: DCI São Paulo