São Paulo - Diante da uma recessão que derrubou os empregos no varejo de material de construção, os lojistas com até quatro funcionários, foram resilientes. Segundo o Sindicato que representa os pequenos comerciantes, a fidelidade das lojas de bairro e até o nascimento de novas empresas em função de demissões no grande varejo foram responsáveis pelo saldo positivo de vagas nos últimos 12 meses.
"Em momentos em que há menos admissões que desligamentos no varejo, as pequenas empresas amenizam um saldo que poderia ser pior, e em momentos com saldo positivo de vagas, estes estabelecimentos potencializam a geração de vínculos", afirmou o sócio da Eagles Consultoria Econômica, e assessor econômico do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo(Sincomavi), Jaime Vasconcellos.
Segundo ele, em agosto de 2017, último dado de empregos divulgado, o varejo de materiais de construção, tintas e vidros na Região Metropolitana de São Paulo teve saldo positivo 321 vagas. "Se fossemos avaliar só varejistas com até 4 empregados no início do ano, o saldo seria positivo em 330 postos de trabalho. Nas lojas com 5 a 49 funcionários e acima dos 500, há retração do trabalho celetista", conta.
Na soma do ano o varejo avaliado gerou 282 vagas formais, porém observando o desempenho pelo tamanho dos estabelecimentos as empresas com até quatro funcionários possuem geração de 1.474 vagas. Nos estabelecimentos com cinco funcionários ou mais, o saldo é negativo em 1.192.
"Mesmo num momento de retração do emprego, os pequenos, por características intrínsecas ao seu tamanho, têm menos capacidade de subsistir diminuindo quadro funcional. Outra importante realidade é o aumento de micro e pequenas empregadores, muitos formados por antigos trabalhadores celetistas que foram desligados anteriormente", diz Vasconcellos, ressaltando que a fidelidade do consumidor com esse tipo de lojista é grande.
Fonte: DCI São Paulo