Em um movimento de leve retomada, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 83,6 pontos em janeiro deste ano, um avanço de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,3% em relação a dezembro de 2016.
Apesar disso, os números abaixo dos 100 pontos, zona de indiferença, ainda indicam um cenário receoso. “Os consumidores seguem melhorando suas avaliações sobre a economia, mas o nível de endividamento das famílias, principalmente o daquelas com menor poder aquisitivo, leva à cautela nos gastos”, analisou a assessora econômica da entidade, Juliana Serapio.
Dentre os componentes que integram o índice, o único que ficou acima da zona de indiferença foi ‘Emprego Atual’, que registrou 109,6 pontos – maior patamar desde julho de 2015.
O subíndice registrou aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 4% na comparação anual. Já o percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual ainda é baixo: 33,4%.
Em relação às perspectivas para o mercado de trabalho, houve aumento de 2,2% em relação a dezembro de 2017, mas retração de 0,1% ano a ano.
Três componentes ligados ao consumo (Nível de Consumo Atual, Momento para Duráveis e Perspectiva de Consumo) viram alta. No primeiro, o aumento foi de 4,2% em relação ao mês anterior e 13,9% na comparação anual. Já o item Momento para Duráveis apresentou elevação de 5,4%, mês a mês, e 18,4% em relação a 2017. O índice sobre a Perspectiva de Consumo viu alta tanto na comparação mensal (2,2%) como na anual (23,1%) e chegou ao maior valor desde maio de 2015, com 81,9 pontos.
Apesar da melhora de todos os subíndices, a maior parte das famílias, 56,5%, declarou estar com o nível de consumo menor do que o do ano passado. A melhora recente das vendas em relação ao ano anterior levou a CNC a projetar altas de 3,9% para 2017 e de 5,1% para 2018 no desempenho das vendas do varejo ampliado.
Fonte: DCI São Paulo